Folha de S.Paulo

Aprovou valor 4,9% maior (R$ 216,5 bilhões) para 2018.

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não tem mais como aumentar impostos, pelo contrário, deve reduzir a carga tributária”.

“Só tem um caminho: melhorar a eficiência do gasto público. Fazer mais, fazer melhor, com menos dinheiro”, disse Alckmin, dando um tom nacional à sua fala.

O resultado no Estado, segundo o governo, veio com medidas de gestão como renegociaç­ão de contratos, cortes de viagens ao exterior e uso racional de recursos.

Só a redução de despesas com energia, telefonia e horas extras aliviou o caixa em R$ 424 milhões. Outros exemplos de ações foram a eliminação de 60 contratos de aluguel (economia de R$ 38 milhões) e a diminuição da frota (queda de R$ 57 milhões).

O orçamento total do Estado para 2017 é de R$ 206 bilhões. A Assembleia Legislativ­a CARTEL Alckmin não quis comentar uma afirmação do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB-AM), sobre formação de cartel em obras contratada­s pelo Estado. Em entrevista ao jornal “O Globo”, ele havia defendido que a comissão de ética do partido questionas­se o paulista sobre o assunto.

Virgílio também se coloca como pré-candidato na sigla e tem rivalizado internamen­te com Alckmin, tentando forçar a realização de prévias.

O prefeito cobrou explicaçõe­s após as empreiteir­as Odebrecht e Camargo Corrêa confessare­m ao Cade (Conselho Administra­tivo de Defesa Econômica) cartéis em rodovias e metrô em São Paulo.

O Estado se defende dizendo que foi vítima do esquema e afirma que servidores que tiverem alguma responsabi­lidade serão punidos.

Ao se despedir dos jornalista­s e desejar boas festas, o governador brincou: “Como dizia um amigo, votos de feliz Ano-Novo. Eu disse: ‘Olha, se tiver votos, já é o suficiente’”.

Antes da entrevista coletiva, Alckmin disse à rádio Jovem Pan que o país não precisa de “showman”, num indicativo de que não está disposto a elevar a temperatur­a do discurso durante a campanha.

“Vejo críticas de que falta carisma. Brasil não precisa de ‘showman’. Se quiser vai no show do Tom Cavalcante. Brasil precisa de governo que tenha competitiv­idade, reformas, modernizar o país, buscar competitiv­idade. Não sou da ribalta. A coisa da discurseir­a é atrasada.” MARINA DIAS)

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