Folha de S.Paulo

Não há registro. Inventaram dez porque ninguém sabe.

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Quais partidos?

Esses que estão, inclusive, rejeitados na opinião pública. PMDB [atual MDB], PSDB, PT… Enfim, esses que conduziram a administra­ção pública nos últimos anos. O senhor fez parte do PSDB por cerca de 20 anos, ao somar as duas passagens. Nunca O sr. acha que é possível transitar por tantas legendas e manter uma coerência político-ideológica?

Mudei de sigla para não mudar de lado, exatamente para preservar a coerência. Os partidos é que são incoerente­s. Fui expulso do PSDB porque quis instalar uma CPI para investigar a corrupção no governo de meu próprio partido. Há um episódio, durante seu governo no Paraná, pelo qual o senhor foi muito criticado. Refiro-me à utilização da cavalaria pela Polícia Militar, durante uma manifestaç­ão de professore­s em Curitiba, em 1988. Hoje o senhor agiria diferente?

Faria a mesma coisa. Houve um factoide, produzido politicame­nte. Todos os cuidados foram adotados. Quando um policial usou a bomba, foi para proteger um colega que estava sendo acossado. Não houve ninguém ferido, não há registro em nenhum lugar. À época foram noticiados dez feridos.

Alguns querem combater a corrupção agora, mas não combateram quando deviam. Chegaram muito atrasados. Mudei de sigla para não mudar de lado, exatamente para preservar a coerência. Os partidos é que são incoerente­s. Fui expulso do PSDB porque quis instalar uma CPI para investigar a corrupção no governo de meu próprio partido

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