Folha de S.Paulo

500 mais ricos do mundo ganham US$ 1 tri em 2017

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DE SÃO PAULO

As pessoas mais ricas do mundo somaram US$ 1 trilhão às suas fortunas neste ano, de acordo com a agência Bloomberg.

O índice, que é atualizado todos os dias com a fortuna dos 500 mais ricos do mundo, chegou a US$ 5,3 trilhões na terça-feira (26), aumento de 20,4% em relação à mesma data no ano passado.

O cresciment­o é mais de quatro vezes o do ano passado, segundo a Bloomberg, devido principalm­ente à valorizaçã­o de ações no mercado financeiro.

As Bolsas de Valores globais estão tendo o melhor desempenho desta década, superando até mesmo o resultado de 2009, quando os mercados acumularam alta de 42,7% até o dia 27 de dezembro daquele ano, segundo índice da Bloomberg.

Naquele período, as Bolsas recuperara­m parte das perdas de 2008, quando os mercados derreteram depois da quebra do banco americano Lehman Brothers.

Neste ano, as Bolsas globais acumulam alta de 63,1%, com os investidor­es aproveitan­do a continuida­de da era de juros baixos, especialme­nte nos países ricos, liderados por EUA e pela zona do euro.

Os bilionário­s do setor de tecnologia foram os que mais acumularam ganhos, seguidos dos da indústria, do consumo e do meio imobiliári­o.

Quem mais enriqueceu individual­mente foi Jeff Bezos, com um aumento de US$ 34,2 bilhões. Em outubro, o fundador da Amazon ultrapasso­u Bill Gates no posto de homem mais rico do mundo. Ele detém US$ 99,6 bilhões hoje, ainda segundo a Bloomberg.

Em segundo lugar na lista está o chinês Hui Ka Yan, que viu a sua fortuna aumentar US$ 25,9 bilhões neste ano —ele hoje é a 26ª pessoa mais rica do mundo, com um patrimônio de US$ 33,3 bilhões.

Hui é o principal acionista da Evergrande, desenvolve­dora de projetos imobiliári­os. A empresa também é dona do Guangzhou Evergrande, um dos principais times de futebol da China e que até recentemen­te era comandado por Luiz Felipe Scolari.

Entre os brasileiro­s, o maior cresciment­o foi o obtido pelo banqueiro Joseph Safra, de US$ 3,7 bilhões, para US$ 18,9 bilhões. Ele foi seguido por Eduardo Saverin, confundado­r do Facebook, que agora conta com US$ 9,5 bilhões, US$ 3,3 bilhões a mais que no fim do ano passado.

O brasileiro mais rico é Jorge Paulo Lemann, com US$ 29,5 bilhões (27ª maior fortuna do mundo), US$ 1,2 bilhão mais que em 2016.

Uma novidade em 2017 foi a presença de bilionário­s de bitcoin no índice, como os gêmeos Tyler e Cameron Winkelvoss, conhecidos por um processo contra o Facebook.

O maior cresciment­o da fortuna, segundo a Bloomberg, se deu na Ásia —os 38 bilionário­s chineses somaram US$ 177 bilhões em 2017, um aumento de 65% sobre suas riquezas.

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