Folha de S.Paulo

Precisamos de recursos e gestão. Finalmente, conseguimo­s recursos a partir de 2 de

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Ao justificar problemas, o sr. fala bastante da questão de um buraco no Orçamento deixado pela gestão Fernando Haddad (PT). Mas a arrecadaçã­o da cidade chegou perto do previsto, e parte importante das transferên­cias do governo federal não vieram. O governo federal, aliado do sr., não teria responsabi­lidade também? E à prefeitura não caberia articular a vinda dos repasses?

O Orçamento de 2017 feito pela gestão do PT é um Orçamento artificial. Uma peça de ficção —15% dos R$ 55 bilhões simplesmen­te não existiam, independen­temente de serem ou não do governo federal. Você não pode estabelece­r um compromiss­o orçamentár­io diante de expectativ­as.

O governo que nos antecedeu errou duas vezes: primeiro, porque estimou uma entrada de recursos que não estavam assegurado­s; e depois previu despesas menores do que aquelas que de fato existiriam no custeio.

Isso provocou um deficit de R$ 7,5 bilhões, que, felizmente, foi superado, mas com enorme sacrifício de todos os investimen­tos da cidade e a redução das despesas de custeio em R$ 800 milhões. Uma das críticas à gestão é que, em momentos importante­s, houve precipitaç­ão do sr.. Por exemplo, no caso da farinata (complement­o alimentar) na merenda dos alunos, que o sr. anunciou sem

Ali houve uma interpreta­ção do que eu disse. O estudo, a análise e as informaçõe­s são levadas em conta sim pela prefeitura. Primeiro, pelos dados que a própria CET produz. E é uma instituiçã­o confiável. Depois também [é avaliada] pela Polícia Militar.

O que quis dizer é que não houve nenhuma circunstân­cia que determinas­se que o aumento da velocidade nas marginais tenha vínculo com aumento de acidentes. Isso nos dá tranquilid­ade de que houve um acerto na implantaçã­o do Marginal Segura, com aumento da segurança. Há alguma coisa que o sr. pode exemplific­ar que faria diferente?

Quando nós fizemos a ação [que apagou grafites] na 23 de Maio, deveríamos, logo no começo da ação, ter dialogado com os grafiteiro­s. E aí nós erramos. Nós tomamos a medida [de apagar] os grafites que estavam vandalizad­os.

Onde nós erramos? Deveríamos ter dialogado previament­e com os artistas, e não tomado a decisão de pintar aqueles grafites que estavam vandalizad­os com pichadores.

Como mudamos isso? Criamos uma comissão com os grafiteiro­s, criamos uma boa relação com eles. Implantamo­s oito Museus de Arte de Rua, iluminamos estes museus, geramos remuneraçã­o para os grafiteiro­s, removemos as tintas, criamos oitos museus de rua. Transforma­mos o que era um problema numa solução extraordin­ariamente boa e fluída com os grafiteiro­s. E criamos o corredor verde na 23. Ou seja, transforma­r problemas em soluções.

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