Folha de S.Paulo

Facções trocam tiros em novo motim em GO

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Newton Castilho, confirmou que há risco de um conflito ainda maior dentro da Penitenciá­ria, onde 2.000 mil condenados cumprem pena. “Pode ter arma de fogo lá dentro. Contamos com a possibilid­ade de armas de fogo lá dentro”, afirmou na terça-feira (2).

A rebelião do dia 1º aconteceu exatamente um ano após o conflito iniciado na penitenciá­ria de Manaus e que se espalhou dias depois por unidades de Roraima e do Rio Grande do Norte.

As três rebeliões de janeiro de 2017 deixaram mais de 120 detentos mortos. Em todos os casos, os conflitos foram iniciados por membros de facções rivais que pretendiam assumir o comando do crime nas unidades.

Em Manaus, o conflito foi causado pela rivalidade entre as facções criminosas FDN (Família do Norte) e PCC (Primeiro Comando da Capital). Em Roraima, as mortes foram resultado da retaliação do PCC contra os membros da facção mortos em Manaus.

Na capital potiguar, a disputa pelo controle do tráfico de drogas entre as facções PCC e Sindicato do Crime geraram o conflito.

Seis meses após os conflitos, reportagem da Folha mostrou que os governos dos três Estados onde as rebeliões ocorreram fizeram pouco para tornar o sistema prisional mais eficiente.

Como medida emergencia­l, os Estados transferir­am detentos, anunciaram a construção de novas penitenciá­rias e fizeram mutirões para revisar processos, mas apenas o Amazonas conseguiu reduzir em quantidade significat­iva o número de presos provisório­s –aqueles que ainda aguardam por um julgamento.

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