Pesquisa coloca Oprah 10 pontos à frente de Trump
Deputados republicanos apresentaram nesta quarta (10) ao Congresso americano uma minirreforma imigratória que assegura recursos para a construção do muro na fronteira com o México, acaba com o sistema de imigração por loteria ou vínculos familiares e garante status legal a milhares de jovens imigrantes, os “dreamers”.
A lei é o primeiro passo de uma negociação bipartidária, entre republicanos e democratas, para tentar garantir uma bandeira fundamental a cada partido na imigração.
Do lado republicano, o muro com o México, que foi uma das principais promessas do presidente Donald Trump durante a campanha. Do lado democrata, a permanência dos “dreamers”, ou sonhadores, imigrantes que foram levados quando crianças aos EUA e estavam sob a proteção do Daca, programa criado sob Barack Obama e revogado por Trump.
Caso a lei seja aprovada, esses jovens, que estavam sob ameaça de deportação, terão permissão para morar, estudar e trabalhar nos EUA por três anos, renováveis indefinidamente. Mas não quer dizer que ganharão residência permanente: para isso, terão que recorrer aos caminhos já existentes na lei e aplicáveis a outros imigrantes.
Já o muro com o México, a grande promessa dos republicanos, terá um orçamento de US$ 18 bilhões, e será acompanhado de outros incrementos na segurança da fronteira, como a contratação de mais patrulheiros e a instalação de novos equipamentos, ao custo de US$ 30 bilhões.
O projeto também propõe acabar com o sistema de loteria de vistos, pelo qual 50 mil pessoas por ano são sorteadas e ganham residência permanente nos EUA. O objetivo do programa é aumentar a diversidade do país.
O sistema tem sido bastante criticado pelo presidente Trump, que diz que ele abre caminho para “os piores tipos de pessoas”, como terroristas e criminosos. SEM PARENTES Também seriam encerradas as concessões de vistos de permanência para familiares de imigrantes que já estão legais no país, à exceção de cônjuges e filhos menores de idade. Com isso, irmãos e filhos maiores, por exemplo, de um imigrante legal estabelecido nos EUA não conseguiriam mais residência.
Líderes democratas disseram estar abertos a conversas, mas manifestaram especial descontentamento com a inclusão do muro na lei —exigência do presidente.
“Qualquer solução precisa incluir o muro”, reafirmou Trump. “É uma questão de segurança, que é a prioridade número um”, completou.
“Isso está na lista dele [Trump], mas não há qualquer acordo”, disse o deputado democrata Steny Hoyer.
Associações de proteção a imigrantes receberam bem a tentativa de criar uma solução legislativa para os “dreamers”, mas criticaram em especial o ataque aos vistos a familiares de migrantes.
“Os EUA foram fundados por imigrantes que vieram construir uma vida melhor com suas famílias. É um valor fundamental da nossa nação, fortalece o país e a economia”, disse Greg Chen, diretor da Associação de Advogados Americanos de Imigração.
O governo Trump tem endurecido as políticas imigratórias em nome da segurança e dos empregos de americanos. Nesta quarta (10), a agência federal de imigração fez uma blitz em lojas da rede 7-Eleven e prendeu 21 pessoas por imigração ilegal.
DE SÃO PAULO
Pesquisa do instituto Rasmussen apontou uma vantagem de dez pontos percentuais da apresentadora de TV Oprah Winfrey sobre o presidente Donald Trump em uma hipotética disputa eleitoral em 2020, informou o blog político The Hill.
Na consulta, 48% disseram que votariam em Oprah, contra 38% que votariam para reeleger Trump. Outros 14% disseram estar indecisos.
Oprah seria a favorita de 76% dos democratas, de 22% dos republicanos e de 44% dos independentes. Já 66% dos republicanos prefeririam Trump, que seria a escolha de 12% dos democratas e de 38% dos independentes, segundo a consulta do instituto, de tendência conservadora.
Uma eventual candidatura de Oprah à Presidência dos EUA em 2020 se tornou assunto na imprensa americana depois que ela foi aplaudida de pé em um discurso de forte tom político no Globo de Ouro, no domingo (7).
Segundo a rede CNN, dois amigos de Oprah confirmaram que ela vem pensando seriamente na hipótese há vários meses, mas que não se decidiu.
A pesquisa ouviu 1.000 prováveis eleitores nos dois dias após o discurso. A margem de erro é de três pontos percentuais.
Porta-vozes de Trump disseram que ele aceitaria o desafio de concorrer tendo Oprah como rival —o presidente acrescentou que a derrotaria.