Puerto Iguazú surpreende com restaurantes ecléticos e adegas fartas
Iguazú tem pouco mais de 80 mil habitantes, o que faz dela a cidade menos populosa da tríplice fronteira — há cerca de 390 mil na paraguaia Ciudad del Este e 265 mil em Foz do Iguaçu.
Puerto Iguazú é, portanto, a melhor opção para quem quer sossego. Mas a cidade tem outros atributos, a começar pelas atrações à mesa, ou seja, os restaurantes e as lojas de vinhos e conservas.
Na gastronomia, uma dica é o Jungle, comandado pelo chef Javier Sanchez, que já esteve à frente de cozinhas de grandes hotéis da Argentina.
A casa oferece bons cortes de carne, mas quer um conselho? Evite a saída mais óbvia. O que há de melhor no Jungle são os pratos com peixes dos rios da região, como surubim, pacu e dourado.
“Gosto de apostar em diferentes produtos e técnicas”, afirma Sanchez. Uma das recomendações do chef é a en- trada sashimi tíbio de surubim, em que o peixe é preparado com leite de coco, coentro e creme de manga.
Outro expoente dessa linha de restaurantes com cardápio eclético é o Aqua. Aqui também os peixes se sobressaem. Uma pedida é o surubim com camarões e risoto de batata.
Já o La Rueda, há mais de quatro décadas em Puerto Iguazú, é para quem prefere se concentrar nos assados.
Com ambiente acolhedor, inspirado na cultura guarani, o restaurante também conta com uma adega farta.
Em se tratando de vinho, aliás, a cidade reúne lojas com variedade de rótulos sulamericanos. Uma das unidades da Vinoteca Don Jorge fica na avenida Brasil, no centro da cidade.
Ao fim dessa via, está a Feirinha Puerto Iguazú, um símbolo da vocação da cidade para os bons pratos e quitutes. Quase simplório, o lugar é desses ambientes raros em que comida e barulho conseguem conviver bem.
A feira abriga pequenas lojas que vendem vinhos, presuntos, queijos e toda a sorte de condimentos, além de doces, como os alfajores.
O centro não se restringe a ofertas para comer e beber. Lojas de artesanato se espalham por avenidas como Missiones e Córdoba —tudo pode ser feito em passeios a pé.
Como nas cidades turísticas brasileiras, pipocam bugigangas nesse tipo de comércio, mas é possível garimpar peças interessantes feitas pelos índios guarani que vivem em aldeias na região. (NAIEF HADDAD)