Folha de S.Paulo

Do e alcançar essa turma, seja pela esfera criminal, seja pela cível”, diz o delegado.

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vem proteger, para quem eles trabalham”, afirma.

Ao pedir mais poderes na investigaç­ão, o delegado diz reconhecer que toda quebra de sigilo, mesmo que autorizada, não deixa de ser uma “violação de um direito”.

Mas, ele argumenta, a sociedade tem que dar crédito às autoridade­s.

“Neste ano, a minha recomendaç­ão é: não compartilh­e notícias dessa natureza. É muito fácil você identifica­r uma notícia falsa, é só jogar no Google, ver se tem jornais de grande circulação noticiando isso”, afirma.

“Não compartilh­e, porque os políticos que se sentirem prejudicad­os têm todo o direito de formalizar um pedi- ROBÔS Para Marco Aurélio Ruediger, da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV, a estratégia para combater fake news deveria ter foco nos “robôs” usados para replicá-las em “velocidade estonteant­e”.

“Um robô coloca uma informação a cada dois segundos no ar. Isso é que dá impacto, que gera o ‘top trending’ [assuntos mais comentados], chama a atenção das pessoas”, explica.

O professor coordenou estudo que avaliou a influência dos softwares que criam e operam perfis falsos em rede social durante debates políticos recentes, como o impeachmen­t da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e a reforma trabalhist­a.

A pesquisa mostra que na greve geral de abril de 2017, por exemplo, mais de 20% das interações na rede social entre os usuários a favor da paralisaçã­o foram estimulada­s por esses programas.

Na avaliação do professor, nas eleições deste ano os políticos vão usar as redes de maneira contundent­e, o que VALENTE E FÁBIO FABRINI)

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