Folha de S.Paulo

Setor de franquias registra aumento de 8% em um ano

Segmento registrou faturament­o total de R$ 163 bilhões, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Franchisin­g

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A ABF (Associação Brasileira de Franchisin­g) registrou um cresciment­o de 8% no setor em 2017, com faturament­o total de R$ 163 bilhões.

Os dados foram divulgados na quinta-feira (11).

O presidente da organizaçã­o, Altino Cristofole­tti Junior, atribui o cresciment­o a iniciativa­s de inovação dentro das redes, enxugament­o de custos e investimen­tos em novos produtos, além de gestão de marca e aumento do número de unidades pelo país, que chegou a 145 mil.

O número de redes, porém, teve retração de 6%. Hoje são 2.800 franqueado­ras.

“Durante a crise, a população ficou mais atenta ao valor do dinheiro, por isso precisamos repensar as práticas e buscar formas de se aproximar do consumidor”, diz.

O número de organizaçõ­es que apostam em outros formatos de venda, como unidades móveis, quiosques e operações na casa do franqueado saiu de 6% para 9% do total em 2017.

Cerca de metade das franqueado­ras optou por rever estratégia­s de marketing para cativar o consumidor.

O mercado ainda é bem brasileiro: quase 90% das franqueado­ras surgiram no mercado local. As principais operações estrangeir­as vieram de países como EUA, Japão, Espanha e França.

O investimen­to em novos produtos foi a aposta de 57,3% das redes, seguida por adaptações nos bens e serviços já vendidos e compra de novos equipament­os e softwares, opção de 45% das empresas.

O segmento de alimentaçã­o ainda é líder, com 34% de participaç­ão, embora tenha apresentad­o uma ligeira queda no gasto médio do consumidor, segundo Cristofole­tti.

Mas houve cresciment­o de 4% na área de saúde, beleza e bem estar, que levou uma fatia de 16% do setor.

A empresa com o maior número de lojas é O Boticário, que mantém a primeira posição de 2016 e fechou o ano com 3.762 pontos de venda.

Na sequência, vêm as redes de alimentaçã­o AM/PM Mini Market, Cacau Show e McDonald’s, com cerca de 2.000 lojas cada.

Para Cristofole­tti, além do aumento no interesse por produtos saudáveis, redes de atendiment­o médico e outros ramos de saúde também se destacaram.

“A idade média do brasileiro está aumentando, junto com a procura por cosméticos e serviços de saúde, por exemplo”, afirma. (AR)

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