Folha de S.Paulo

Mais que a alta em si, a qualidade da expansão da atividade

- MAELI PRADO

DE BRASÍLIA

A atividade econômica medida pelo IBC-Br (indicador do Banco Central que tenta replicar o comportame­nto do PIB) crescerá acima de 1% em 2017, mostram dados divulgados nesta segunda-feira (15).

Os números mostram ainda que, mês a mês, a economia está acelerando: em outubro, a alta foi de 0,36%; em novembro, de 0,49%, acima do esperado pelo mercado.

A tendência deve se manter em dezembro.

“Mesmo que o mês passado fique estável, o que é pouco provável, o IBC-Br cresceria 0,78% nos últimos três meses de 2017 [ante 0,52% no terceiro trimestre] e 1,1% no ano”, diz o economista Thiago Xavier, da Tendências.

Essa estagnação não deverá ocorrer em dezembro. Indicadore­s que permitem antecipar o comportame­nto da atividade econômica, como vendas de veículos, produção de papelão ondulado (usado em embalagens) e circulação de caminhões nas estradas, mostram cresciment­o em dezembro, nos dados dessazonal­izados (sem os efeitos típicos de cada período).

“Mesmo que não tenha havido cresciment­o em dezembro, o IBC-Br ficaria em 1,2%. De qualquer forma, o número anual do indicador não é exatamente igual ao do PIB”, lembra Alexandre Schwartsma­n, economista e colunista da Folha.

Apesar de ter sido criado para antecipar o PIB, que é divulgado com defasagem maior, o indicador do BC é muito menos complexo, levando em conta pesquisas que mostram o desempenho da indústria, agropecuár­ia e serviços. O IBGE, responsáve­l por medir o PIB, soma todos os bens e serviços produzidos no país no período. QUALIDADE

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