Folha de S.Paulo

Metroviári­os de SP prometem greve hoje

Decisão foi tomada contra concessão de linhas de metrô por Alckmin; ‘privada’, linha 4 deve ter operação integral

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Prefeitura suspendeu rodízio de veículos; Metrô aciona plano para tentar manter parte da operação

a estação Brooklin, ambas na zona sul. A linha, que atualmente é gerida pelo próprio Metrô, está em expansão e deverá chegar até a estação Chácara Klabin, onde se conectará com a linha 2-verde. No caminho, fará conexão com as linhas 1-azul e 17-ouro.

As obras de expansão da linha chegaram a ser suspensas em 2010 após a Folha revelar que os vencedores dos lotes de construção da linha já eram conhecidos seis meses antes da licitação.

Já a linha 17-ouro, que está em construção desde 2012, deveria ficar pronta em 2014, para a Copa do Mundo. Mas, após vários atrasos, tem agora previsão de ser entregue até 2019. Ela sai do aeroporto de Congonhas e seguirá até a estação Morumbi, da CPTM, na marginal Pinheiros.

Uma segunda etapa de construção da linha estava prevista até a região do Morumbi, passando por Paraisópol­is. Mas o governo do Estado, diante da dificuldad­e de tocar o empreendim­ento e até do abandono da obra por uma das empreiteir­as, decidiu reduzir o percurso da linha.

A mudança no trajeto acabou derrubando a rentabilid­ade da linha. Ou seja, sem atender áreas muito populosas como Paraisópol­is, a linha perdeu a capacidade de atrair grande parte do público que pagaria pela operação.

O Metrô estima um custo de operação de R$ 6,71 por passageiro nessa linha —muito acima do preço atual da tarifa da rede, de R$ 4. O Estado, para efeito de comparação, paga R$ 4,03 por usuário à concession­ária da linha 4-amarela. O prejuízo na linha chegou a ser utilizado pelo governo para justificar a concessão casada das linhas 17 e 5 (da qual se espera lucro).

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