Folha de S.Paulo

Vencedores são velhos conhecidos do transporte

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DE SÃO PAULO

O leilão de concessão das linhas 5-lilás e 17-ouro definiu como vencedores duas empresas que são velhas conhecidas no setor de transporte paulistano.

Por um lado do consórcio, a CCR, uma gigante que atua com concessões de estradas, metrôs e até barcas. Do outro, a RuasInvest, parte do grupo que nasceu a partir de uma das mais antigas empresas de ônibus da capital paulista.

A CCR tem como principais acionistas a Camargo Corrêa (14,9% das ações totais), a Andrade Gutierrez (14,9%) e o grupo Soares Penido (14,7%). As duas primeiras empresas são investigad­as pela Lava Jato.

Hoje, a empresa já opera seis concessões no Estado de São Paulo: a ViaQuatro (que administra a linha 4-amarela), a Autoban, a Viaoeste, a Novadutra, a Spvias e o trecho oeste do Rodoanel. A empresa ainda tem concessões de mobilidade no Rio e na Bahia.

“A empresa está com um bom caixa e tem ativos maduros entrando em curso de término, então vai ter que começar a refazer seu portfolio”, afirma o Marcos Ganut, sócio da consultori­a Alvarez & Marsal.

Já o RuasInvest, criado em 2004, é uma das empresas da família Ruas. O grupo cresceu em São Paulo explorando o transporte de ônibus na cidade.

No atual contrato com a Prefeitura de São Paulo, a família Ruas encabeça os consórcios em duas regiões da cidade. Seus ônibus são os que rodam identifica­dos em São Paulo pelas cores vermelha (em parte da zona leste) e vinho (parte da zona sul).

Coincident­emente, a linha 5-lilás tem como trajeto, na zona sul da cidade, a área em que o grupo Ruas já opera com seus ônibus.

O grupo também é um dos donos da maior indústria de ônibus urbanos do país, a Caio. E desde 2006, ela participa com a CCR da concession­ária que gerencia a linha 4-amarela.

Nesta semana, o governo do Estado anunciou que a RuasInvest deverá ainda adquirir 15% do consórcio responsáve­l pela PPP que está construind­o e deve também operar a linha 6-laranja do Metrô, que ligará a estação São Joaquim (zona sul) ao bairro da Brasilândi­a (zona norte).

A empresa entra ao lado de uma gigante chinesa no lugar de outras empreiteir­as investigad­as pela Lava Jato que não conseguem mais financiame­nto e aban-

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