Os blocos de rua do Carnaval de São Paulo têm apostado num esquenta que contempla
de baladas a festival temático. As festas passam ao largo do que foram os Carnavais de salão e não têm nada a ver com os ensaios típicos do mês que antecede os desfiles.
O que se vê, agora, é um esforço dos grupos para fortalecer o Carnaval local antes da agenda oficial —caminho semelhante ao que foi trilhado no Rio e em Salvador.
As festas também têm servido para captar dinheiro e conquistar novos foliões.
A Folha identificou no préCarnaval 16 festas —só neste final de semana estão previstos cinco eventos de blocos como Acadêmicos do Baixo Augusta, QBeleza e Catuaba.
Um dos catalisadores desse movimento é a Casa Baixo Augusta, o responsável pelo bloco homônimo, localizado na República, no centro.
No palco do espaço vão desfilar até o dia 31 deste mês baladas comandadas por “Tarado ni Você”, “Casa Comigo” e “Explode Coração”. A ideia, segundo Alê Youssef, um dos fundadores do Baixo Augusta, é mostrar a diversidade do Carnaval paulistano.
Nesta quinta (18), a festa promovida pelo Baixo Augusta foi a base de sopro e percussão. Os instrumentistas da “Charanga do França”, bloco de músicos amadores, alcançaram lotação máxima.
Entre as folionas, a atriz Gabriela Adams, 22, tinha um motivo especial para estar ali. Trajada de malévola (personagem da atriz Angelina Jolie), escolheu o lugar para comemorar o aniversário. “Esse tipo de festa leva o Carnaval para além de sua época.”