Folha de S.Paulo

Mortes no trânsito em 2017 caem 7% na cidade de SP

Óbitos passaram de 950, em 2016, para 883, no ano passado na capital, segundo governo do Estado

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DO UOL

O número de mortes no trânsito da capital caiu 7,06% em 2017, em relação a 2016, indo de 950 para 883. No balanço do Estado, porém, os números foram de 5.133 para 5.261, o que correspond­e a aumento de 2,49%. O levantamen­to é do Infosiga, banco de dados do governo estadual.

Aumento mais expressivo foi registrado no número de ciclistas mortos na capital: foram 25 óbitos em 2016 e 37 no ano passado, um salto de 48%. Os pedestres, no entanto, são os que lideram o ranking, chegando a 395 em 2017. O número correspond­e a um pequeno aumento em relação ao ano anterior (389).

Já no caso de motociclis­tas, o número de mortes teve queda de 311 para 306.

Das mortes registrada­s na capital, 35 ocorreram nas marginais Tietê e Pinheiros – que, há um ano, tiveram a velocidade máxima permitida aumentada pela gestão João Doria (PSDB). Dessas ocorrência­s, 23 vitimaram motociclis­tas, nove envolveram pedestres e três envolveram ocupantes de carros.

“Enquanto houver uma morte no trânsito, não há o que comemorar. Estamos atentos às medidas que dão certo, e os índices negativos nos servem de alerta”, diz o presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego, João Octaviano Machado Neto.

Ele reconhece que o número de mortes de ciclistas é impactante, mas diz que o número de ciclistas também cresceu. “De modo geral, um dos desafios é educar, é conscienti­zar as pessoas sobre a cidadania. Todos merecem respeito no sistema viário.”

Luiz Vicente, professor de mobilidade urbana do Mackenzie, afirma que os radares não são efetivos no registro da velocidade das motos e, por isso, cabe um maior número de agentes para fiscalizar no local. “Além de registrar a velocidade, precisam fiscalizar as vestimenta­s dos motociclis­tas, se estão com casacos com refletores, por exemplo.”

Antonio Di Sessa Júnior, engenheiro de tráfego, defende novas restrições para motos nas marginais, além da já existente —das 22h às 5h na pista central da Tietê. “Como tem quatro faixas, seria possível definir que uma delas seria só para motos. E elas deixariam de andar por qualquer uma das faixas entre os carros.” DE SÃO PAULO - A gestão João Doria (PSDB) afirmou que vai multar o MBL (Movimento Brasil Livre) por colar cartazes na região da avenida Paulista, no centro, com críticas relacionad­o ao plano do prefeito para regular os aplicativo­s de veículos. Colar cartazes é proibido na cidade.

Aliado do tucano, o movimento tem cargos na gestão Doria. Procurado, o MBL não respondeu à reportagem até a conclusão desta edição.

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