MPF quer que PF explique troca em porto de Santos
O Ministério Público Federal solicitou ao superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Disney Rosseti, informações sobre os critérios adotados na substituição no comando da Delegacia da PF na cidade litorânea.
O pedido de explicações é o segundo passo de um inquérito civil aberto no dia 15 de janeiro pelo procurador-geral da República em São Paulo, Thiago Lacerda Nobre, que apura os motivos da substituição.
Em dezembro, a direção da PF retirou da chefia santista o delegado Júlio César Baida Filho, transferido para o Rio de Janeiro. Seu substituto ainda não foi definido.
A Folha apurou que a mudança ocorreu após uma reunião na PF em Santos em que representantes de vários órgãos fiscalizadores trataram de uma investigação sobre irregularidades em contratos no setor portuário.
O porto de Santos é tradicional área de influência do presidente Michel Temer, investigado pelo suposto favorecimento da operadora de terminais Rodrimar, por meio da edição do Decreto dos Portos.
O favorito a assumir a delegacia santista é José Roberto Sagrado Da Hora, mas os servidores que investigam negócios no porto consideram que sua nomeação agradaria a políticos ligados ao presidente Michel Temer.
A assessoria da PF disse que o cargo de diretor da Delegacia da PF de Santos é de confiança do diretor-geral, que após ouvir o superintendente de São Paulo vai definir quem será o substituto de Júlio César Baida Filho.