Facebook se desculpa sobre eleição nos EUA
Em mea-culpa, rede social afirma que falhou ao não impedir que fosse usada para interferência no pleito de 2016
Neste mês, empresa anunciou que passará a privilegiar publicações pessoais em detrimento de empresas e notícias
O Facebook declarou nesta segunda (22) que seus esforços para impedir que a rede social fosse usada para interferência estrangeira na eleição presidencial americana de 2016 foram insuficientes.
Novos posts escritos por executivos do Facebook na página da empresa parecem ser a autocrítica mais vigorosa que ela fez até agora quanto ao efeito das redes sociais sobre a democracia americana.
Samidh Chakrabarti, gerente de engajamento cívico do Facebook, afirmou que a eleição de 2016 forçou a empresa a confrontar questões duras sobre o papel que desempenhou na difusão de informações falsas e na intensificação do clima divisivo que prevalece na política atual.
“Com número sem precedentes de pessoas canalizando sua energia política para essa mídia, ela passou a ser usada de maneiras imprevistas, com repercussões sociais que não foram antecipadas.”
“Em 2016, nós no Facebook fomos lentos demais em reconhecer que agentes nocivos estavam abusando de nossa plataforma”, acrescentou. “Estamos trabalhando diligentemente para neutralizar esses riscos, agora.”
O post reflete um esforço mais amplo do Facebook para enfrentar as implicações de sua influência mundial.
Nos últimos meses, a empresa admitiu, usando pesquisas internas e constatações de estudos acadêmicos, que consumir seu conteúdo passivamente causa piora no humor dos usuários. ALGORITMO