Folha de S.Paulo

Pouca chuva põe Cantareira perto do alerta

Reservatór­io recebeu menos água que a média; com 46,6% da capacidade, terá nova restrição se ficar abaixo de 40%

- FABRÍCIO LOBEL

Situação gera nova disputa por água com interior paulista; gestão Alckmin diz que não há razão para preocupaçã­o

de investimen­tos em segurança hídrica em SP.

A Sabesp rebateu e disse que a área do PCJ poderia ter economizad­o mais água ao longo do ano passado.

Segundo a empresa, a quantidade de água solicitada pelo PCJ no período seco soma 92 bilhões de litros de água do Cantareira a mais do que a quantidade mínima autorizada. Ou seja, a Sabesp diz que parte do montante (que representa cerca de 10% do sistema) poderia ter sido usado com mais “parcimônia”.

O PCJ, em resposta, disse que nunca pediu além do autorizado. O secretário executivo do comitê, Francisco Lahóz, amenizou, à Folha ,um atrito entre as instituiçõ­es.

“Nós não fomos alarmistas, estamos apenas alertando a população de que devemos estar preparados. Nós já fomos apanhados de surpresa uma vez, isso não pode ocorrer novamente”, argumenta.

A região de Campinas espera por duas represas para que finalmente consiga represar a água de seus rios. Prometida desde 1992, a construção das represas de Pedreiras e Camanducai­a foi assumida por Alckmin em 2015, ao custo de R$ 760 milhões. O governo diz que hoje as obras estão em estágio de licitação.

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