Folha de S.Paulo

Wozniacki tenta coroar volta por cima com taça inédita

Contestada por nunca ter ganho um Grand Slam, ex-número 1 do mundo enfrenta Simona Halep na final do Aberto da Austrália

- FÁBIO ALEIXO

Caroline Wozniacki, 27, terá neste sábado (27), a partir das 6h30 (de Brasília), a oportunida­de de espantar o incômodo status de única tenista entre as dez que mais vezes lideraram o ranking mundial que nunca conquistou um título de Grand Slam.

Em Melbourne, a número dois do ranking enfrentará na final do Aberto da Austrália Simona Halep, 26, atual líder da lista da WTA (Associação de Tênis Feminino) e outra que ainda não conquistou um dos quatro principais torneios de tênis do mundo.

A romena, porém, acumula pouco tempo na ponta, 16 semanas, enquanto Wozniacki passou 67 semanas na liderança, entre novembro de 2010 e janeiro de 2012.

Esta será a terceira final de Grand Slam da tenista dinamarque­sa, que perdeu as decisões de 2009 e 2014 do Aberto dos Estados Unidos.

Se levantar a taça agora, não apenas acabará com esse tabu, como “roubará” da adversária o primeiro posto do ranking mundial.

Para muitos analistas, Wozniacki é uma das melhores da história sem título de Grand Slam. E alguns números mostram isso. Ao longo da carreira, a dinamarque­sa já faturou 27 taças e soma 579 vitórias contra 231 derrotas ao longo da carreira.

“Apesar de nunca ter ganho, ela já mostrou que é uma jogadora de chegada e que teve muitos outros títulos”, analisou o ex-tenista e atual comentaris­ta da ESPN Fernando Meligeni.

Uma conquista na Austrália selaria de vez a volta por cima de Wozniacki. Desde que deixou o primeiro lugar do ranking mundial, há seis anos, ela sofreu diversas lesões: no joelho, pé, tornozelo, punho, ombro e costas.

Em 2016, teve um de seus piores anos e despencou para a 74ª posição do ranking.

Pouco a pouco, foi melhorando e retornou ao top 10 em junho do ano passado.

“Ela [Wozniacki] precisou mudar muito e se tornar mais agressiva, pois o circuito está ficando cada vez mais rápido. Não vejo como uma jogadora mais completa do que antes, apenas mais agressiva”, analisou a ex-tenista brasileira Andrea Vieira.

“Eu sempre acreditei em mim. Esses períodos em que sofri lesões foram duros mentalment­e. Mas consegui superá-los. Sei que com trabalho duro, meu jogo é bom o suficiente para me levar longe”, disse Wozniacki, que na segunda rodada contra a croata Jana Fett salvou dois match points e reverteu uma desvantage­m de 5 a 1 no terceiro set para vencer.

“Não importa o que acontecerá no sábado. Ganhando ou perdendo, estarei muito orgulhosa do meu esforço longo destas duas semanas”.

Na quinta-feira (25), na semifinal, Wozniakci superou Elise Mertens (37ª) por 2 a 0 (6/3 e 7/6). Halep passou pela alemã Angelique Kerber (16ª) por 2 sets a 1, com parciais de 6/3, 4/6 e 9/7.

O jogo de sábado será o sétimo entre Wozniacki e Halep. A dinamarque­sa leva vantagem, com quatro vitórias. Wozniacki venceu o último jogo, na primeira rodada das Finais da WTA de 2017. NA TV S. Halep x C. Wozniacki

ESPN

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Bai Xuefei/Xinhua Wozniacki rebate bola durante semifinal na Austrália

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