Em 2017, com as dificuldades com orçamento da Educa-
Folha - Qual o cenário para a área de educação municipal neste ano eleitoral?
Alexandre Schneider - A secretaria está melhor estruturada para as metas. Conseguimos estabelecer uma regulação para as creches, ter clareza dos mecanismos para criar vagas com qualidade.
No ensino fundamental, estabelecemos sistema de avaliação, que possibilita políticas de equidade. Conseguimos nomear quase 9.000 professores, retomar obras, terminar o currículo da cidade, já tem o desenho das formações de professores. Quais dificuldades permanecem? O orçamento. Embora seja melhor que no ano passado, é muito difícil de ser gerenciado. Vamos ter problemas ainda este ano. A gestão divulgou 26 mil novas vagas em creches em 2017. Todas foram ocupadas por crianças já no ano passado?
Algumas ficaram para este ano, serão ocupadas até fevereiro. São matriculas em processo, sempre contabilizadas como vagas criadas. A expansão foi possível pela melhoria do nosso sistema e a reformulação do Leve Leite [o público beneficiado foi reduzido].
Com relação ao sistema, havia vagas contratadas, mas não utilizadas. A prefeitura assumia um convênio para 250 crianças, reservava orçamento, mas só efetivava 200 [a verba ficava comprometida, embora não executada]. Ocorria porque o sistema só levava a um número pequeno de escolas para os pais escolherem. Ampliamos o número de possibilidades de escolha, mantendo raio de 2 km da casa da família. Esse processo criou 7.000 vagas. E quando a gente teve clareza da economia com o Leve Leite, conseguiu gerar outras 19 mil vagas. O prefeito prometeu criar 66 mil vagas até março. É possível ter 40 mil novas vagas de creche em três meses?
O prefeito estabeleceu uma meta evidentemente ousada. A gente está trabalhando até o limite para chegar a 31 de março com essas vagas. O tema envolve muitas famílias e gera expectativas. Ainda mais quando se trata de um prefeito que se coloca como diferente na capacidade de executar. As famílias não merecem ouvir se dá ou não dá?