Folha de S.Paulo

Manda QUEM

Corinthian­s e São Paulo se enfrentam neste sábado (27), às 17h, no Pacaembu, estádio em que as equipes possuem histórico equilibrad­o nos confrontos diretos e duelos memoráveis para seus torcedores

- ALEX SABINO LUIZ COSENZO

DE SÃO PAULO

Palco de alguns dos mais importante­s títulos da história do Corinthian­s, o Pacaembu voltou a ganhar relevância para o São Paulo em 2017. Foi onde a equipe espantou o fantasma do rebaixamen­to no último Brasileiro. Ameaçado pela queda, fez cinco jogos no estádio. Ganhou três, empatou dois e se salvou.

Neste sábado (27), às 17h, os times voltam ao estádio municipal para disputar o principal jogo da rodada do Campeonato Paulista.

Apesar de hoje os clubes terem seus próprios estádios, o Pacaembu foi palco de alguns dos momentos mais marcantes da rivalidade entre as duas equipes.

Em 2005, o São Paulo goleou por 5 a 1 pelo Brasileiro, o que levou a protestos da torcida corintiana. A resposta aconteceu em 2011, também pelo Nacional, quando o Corinthian­s fez 5 a 0 no rival.

Foi também no estádio, na semifinal do Paulista de 2009, que Cristian anotou o gol da vitória do Corinthian­s no último minuto e comemorou fazendo gesto obsceno para os torcedores são-paulinos. Um clássico tão conturbado que Ronaldo não foi expulso após uma solada no zagueiro André Dias por causa da interpreta­ção generosa do árbitro Sálvio Spínola.

O Corinthian­s, até a inauguraçã­o do Itaquerão, em 2013, considerou o Pacaembu sua casa. Foi onde ganhou o Paulista do quarto centenário, em 1954, o Brasileiro de 2011 e, mais importante do que todas as outras vitórias, a Libertador­es de 2012.

Apesar do aspecto sentimenta­l para os corintiano­s, a equipe não leva vantagem no retrospect­o contra o São Paulo no estádio. Em 135 clássicos no Pacaembu, cada equipe obteve 50 vitórias. A quantidade de gols marcados no confronto entre os dois também é parecida. O Corinthi- ans fez 218. O São Paulo, 216.

Desde a construção do Itaquerão o Pacaembu não recebia um clássico entre Corinthian­s e São Paulo. O último aconteceu em março de 2014, pela primeira fase do Paulista, e terminou com vitória são-paulina por 3 a 2.

O Corinthian­s vai mandar o clássico no estádio porque a sua arena passa por processo de renovação do gramado. Até agora, no Paulista, a equipe só jogou no local.

Como mandante, enfrentou a Ponte Preta e a Ferroviári­a. Seria visitante no duelo contra o São Caetano, mas o clube do ABC também escolheu o Pacaembu em busca de maiores público e renda.

Foi exatamente o que o São Paulo conseguiu na estreia de Leônidas da Silva, em 1942. O clássico contra o Corinthian­s, que terminou em 3 a 3, teve 71.281 pessoas presentes. É o jogo de maior público da história do estádio.

Ao contrário do que acontecia naquele tempo, o Pacaembu não receberá a festa das duas torcidas. Por determinaç­ão do Ministério Público, apenas torcedores do Corinthian­s, mandante da partida, poderão assistir ao jogo no estádio —prática implementa­da nos clássicos paulistas em abril de 2016 devido a episódios de violência.

O fato de Corinthian­s e São Paulo apelarem ao estádio e que o Santos pretenda alugálo com regularida­de na atual temporada coloca em xeque

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