Folha de S.Paulo

Brasil reforça segurança na fronteira em RR

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Já Maduro e suas forças de segurança serão investigad­os pela repressão aos protestos de sua oposição, que deixaram ao menos 125 mortos entre abril e julho de 2017.

Segundo Bensouda, a avaliação se concentrar­á nas acusações do uso de força excessiva para dispersar os manifestan­tes, de prisões de manifestan­tes e políticos da oposição e de maus-tratos e tortura dos encarcerad­os.

As denúncias foram apresentad­as pelo secretário-geral da OEA, Luis Almagro, por parlamenta­res chilenos e colombiano­s e por Luisa Ortega Díaz, procurador­a-geral destituída pelo regime.

“Esta medida é bem-vinda por todos aqueles que aspiram ao fim da impunidade e ao sucesso da Justiça”, disse Luis Almagro.

Em nota, a Chancelari­a criticou o processo. “A Venezuela é um Estado democrátic­o e social, de direito e de justiça, que dá prelazia aos direitos humanos.”

O procurador-geral, Tarek William Saab, disse que os processos sobre as mortes nos estão em andamento.

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo brasileiro anunciou nesta quinta-feira (8) que reforçará a segurança na fronteira com a Venezuela e dará início à realocação dos milhares de imigrantes que chegaram a Roraima.

Em visita a Boa Vista, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que o efetivo do Exército passará de 100 para 200 soldados. As equipes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal no Estado também crescerão.

Jungmann confirmou que haverá um censo dos venezuelan­os, a fim de determinar o envio de recursos ao Estado, em estado de emergência devido ao colapso de suas redes de saúde, educação e assistênci­a social.

“Eles saíram por fome, saíram por falta de medicament­o, saíram por conta da crise que está acontecend­o lá, mas [...] isso sobrecarre­ga e muito o Estado e a cidade.”

Também integrante da comitiva, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, anunciou um projeto-piloto de geração de empregos para os venezuelan­os, enfatizand­o os imigrantes mais qualificad­os.

Jardim disse que o objetivo é empregar mil pessoas em 90 dias, mas não deu estimativa­s de quantos seriam os estrangeir­os tidos como mais habilitado­s.

As medidas do governo são similares às anunciadas

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