Folha de S.Paulo

Nas oitavas, e isso serve de grande motivação.

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FOLHA, DE PARIS

Próximo de disputar a sua terceira Copa do Mundo com a seleção brasileira, o zagueiro Thiago Silva afirma que aos 33 anos está em uma das melhores fases de sua carreira.

Um dos líderes do Paris Saint-Germain, time em evidência após a contrataçã­o de Neymar, o defensor brasileiro não jogou na traumática derrota por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014. Estava suspenso.

A ausência não o tirou do foco das críticas naquele Mundial. O questionam­ento sobre a suposta falta de equilíbrio emocional, crítica que veio à tona após o choro antes dos pênaltis contra o Chile, nas oitavas de final da copa do Mundo há quatro anos, ainda o incomoda.

“De alguma forma tentaram fazer com que eu largasse o futebol. Mas, quando se trata de um esporte coletivo, é até chato ficar apontando o dedo e dizer que aquele errou ou fulano não teve competênci­a para lidar com aquele tipo de situação, que não teve o emocional necessário para se manter”, afirma o zagueiroà Folha no centro de treinament­o do PSG.

O brasileiro diz que o problema entre Neymar e Cavani no clube francês está superado. Os atacantes se desentende­ram após divergênci­a sobre quem seria o cobrador de pênaltis do time.

“Depois disso, os dois se deram bastante certo dentro do campo”.

Capitão da equipe, Thiago Silva exalta a qualidade do elenco milionário do PSG, que disputa a primeira partida das oitavas de final da Liga dos Campeões na quarta (14) contra o Real Madrid. O duelo contra o Real Madrid na quarta (14) é o mais importante desde que você chegou ao PSG? Ele vai determinar o sucesso ou fracasso da temporada da equipe?

Thiago Silva - Não vejo por esse lado de fracasso ou sucesso. Tivemos outros jogos tão importante­s quanto esse. Essa é uma das partidas importante­s da temporada. Poderia ter sido um pouco mais à frente, de repente uma final como todos achavam que deveria ser. Mas a Liga dos Campeões permite ter jogos grandes O PSG atual é o time mais forte em que você atuou?

Pode-se dizer, sim, que é um dos times mais fortes em que eu já joguei. Até falei isso recentemen­te para o grupo. Estamos no caminho certo. Há uma preocupaçã­o no PSG de proteger o Neymar de muitas polêmicas?

De alguma forma, temos que protegê-lo. Principalm­ente com algumas situações que saíram [na imprensa]. Muitas delas não eram verdadeira­s, tanto que ele negou em entrevista­s. O Neymar é uma estrela, e qualquer notícia ou palavra sobre ele nas redes sociais, ou nas entrevista­s, toma proporção muito maior do que é. Temos que deixá-lo tranquilo e feliz para os treinos e jogos porque é um jogador determinan­te para a nossa equipe. Como está a relação entre Neymar e o atacante Cavani?

A situação dos pênaltis foi situação de jogo. O batedor oficial até aquele momento era o Cavani. O Neymar naquela ocasião pediu para bater e aconteceu de ele não deixar. Houve aquele momento de discussão, mas em nenhum momento o vestiário ficou rachado ou os sul-americanos ficaram separados. Muito pelo contrário. Os sulamerica­nos estão sempre juntos, principalm­ente nas viagens. O problema está muito bem resolvido pelo clube. É algo que ocorre em qualquer grupo. Depois disso, os dois se deram bastante certo dentro Quais são as diferenças entre os quatro últimos técnicos do Brasil: Mano Menezes, Felipão, Dunga e Tite?

Todos têm personalid­ade muito forte. O Mano, logo após a Copa de 2010, me deu total respaldo dentro da seleção brasileira, me fazendo ser capitão. Ele me chamou no canto e perguntou se eu aceitaria ser capitão, pela forma como

THIAGO SILVA

zagueiro do PSG

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