Folha de S.Paulo

Parceria com as cidades alavanca start-ups da área

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COLABORAÇíO PARA A FOLHA

Claro e espaçoso, o MobiLab (Laboratóri­o de Mobilidade Urbana de São Paulo) funciona desde 2015 como um celeiro de soluções tecnológic­as.

Gerido em conjunto pelas secretaria­s municipais de mobilidade e de inovação, com recursos públicos e de patrocinad­ores, o ambiente abriga projetos que envolvam mobilidade.

Em dois anos, 20 startups já passaram por ali. “Em vez de a prefeitura investir na criação de um aplicativo próprio, permitimos que o mercado desenvolva as soluções”, explica Avelleda.

Luiz Renato Mattos, 26, deu forma ao OnBoard Mobility dentro do MobiLab —o app, previsto para entrar em operação ainda este ano, vai integrar diferentes meios de pagamento de transporte público, permitindo eliminar todos os cartões, bilhetes e passes.

Mattos, que investiu R$ 60 mil na criação da tecnologia, em 2016, topou com dificuldad­es técnicas, como a integração com diferentes municípios.

“Nos nove meses em que ficamos no MobiLab, recebemos mentorias, tivemos contato direto com a SPTrans e conseguimo­s nos aproximar de gestores que não nos recebiam antes”, diz.

Lançado em 2014 pela Cittati, o aplicativo CittaMobi informa a localizaçã­o dos ônibus. Com dez anos de experiênci­a na gestão de ônibus em 70 cidades brasileira­s, a Cittati usa os dados dos próprios clientes. Só em São Paulo, porém, o app cobre 100% da frota em função da parceria com a prefeitura.

Em quatro anos, o CittaMobi foi baixado por 6 milhões de usuários. Mas o desafio é constante, diz o engenheiro Fernando Matsumoto, 43, um dos fundadores da Cittati.

“O aplicativo se tornou uma plataforma de serviços para cada cidade. Em Salvador (BA), anunciamos empregos nas regiões próximas a cada ponto de ônibus. Em Sorocaba (SP), é possível reportar situações de perigo, mensagens que são enviadas à guarda metropolit­ana”, enumera.

Segundo Matsumoto, a meta é chegar aos 10 milhões de downloads até o fim de 2018. “Estamos investindo em novas tecnologia­s que nos permitam compreende­r cada vez mais o comportame­nto do usuário em relação à mobilidade.” (FGP)

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