Folha de S.Paulo

J Balvin galga rota para passar de sensação latina a global

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canta “sei que você quer provar meu amor, então me mostra o que sabe”. Já em “Downtown”, pós-preliminar­es, ela espera “que ele me encha inteira de satisfação”. E a química entre eles, a julgar pela reação dos fãs, foi explosiva.

“É uma mulher muito especial, sou muito grato a ela”, diz J Balvin, sobre a amiga. “Sinto como se ela fosse a minha irmã. Ela me deixou entrar em seu coração e conhecer o seu país. Só quero que ela seja algo muito grande.” FILA Enquanto Anitta abriu as portas do mercado brasileiro para J Balvin, o colombiano encontrou nos EUA estrelas fazendo fila para cantar com ele —Justin Bieber, Pharrell Williams, Pitbull e, por fim, Beyoncé, que fez um remix de sua “Mi Gente” e levou o músico ao topo das paradas.

Nesse ponto, o artista que já se recusou a cantar num concurso de miss organizado por Donald Trump, então candidato à Casa Branca, ajuda a neutraliza­r o ódio a imigrantes latinos que o atual presidente parece defender.

“Os que não querem ninguém de fora aqui são só a minoria. Eles fazem mais barulho, mas são a minoria”, afirma o músico. “Nós, os latinos, movimentam­os as massas. Nós vencemos com isso.”

E ele, no caso, venceu na indústria musical com uma estratégia distinta de outros galãs latinos, entre eles o também colombiano Maluma, que enlouquece fãs com caras e bocas safadas e músculos muito bem esculpidos.

“Gosto mais de ser cool do que bonito”, diz. “Cada um tem sua forma de se vender, e penso em outro conceito de beleza. Quero que os homens se identifiqu­em comigo e as mulheres também, porque chega um ponto em que, se as mulheres gostam demais de você, os homens já não gostam.” (SILAS MARTÍ)

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