Folha de S.Paulo

Zuma renuncia à Presidênci­a da África do Sul acusado de corrupção

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nio sua ligação com a família Gupta, dona de um conglomera­do que abrange de mineração à aviação civil, tecnologia e energia e emprega 10 mil pessoas, com receita anual de US$ 22 milhões.

Os Gupta, de origem indiana, são acusados de subornar autoridade­s para obter contratos públicos e de influencia­r a escolha do gabinete. Uma operação policial em uma cada da família nesta quarta culminou em três prisões —eles negam as acusações, assim como Zuma.

Duduzile, uma das filhas do ex-presidente (ele tem 20 reconhecid­os, frutos de seis casamentos e de relações extraconju­gais), foi uma das diretoras da Sahara Computers, dos Gupta. Duduzane, outro filho, renunciou à direção de outra empresa do grupo após pressão pública em 2016.

Naquele ano, o crescente poder dos Gupta no governo sul-africano foi exposto em relatório do órgão nacional anticorrup­ção e na denúncia do então vice-ministro de Finanças Mcebisi Jonas, que disse que um membro da família oferecera a ele o posto de ministro no ano anterior.

Zuma ainda é objeto de denúncias que envolvem reformas feitas em sua casa pagas com dinheiro público. Em 2016, o então presidente enfrentou uma votação de impeachmen­t e venceu.

Partedacúp­uladoCNAte­me que a derrocada do agora ex-presidente prejudique o partido nas próximas eleições, abrindo espaço para a ascensão de uma oposição que nunca esteve no poder.

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