Doce, Montanha tinha um coração enorme
“Ô pai, foi ele quem me molhou”, diz o garoto, apontando para um homem com uma mangueira na mão. O pai em questão era um sujeito corpulento, que passa a intimidar o desavisado, desesperado com o vislumbre de apanhar.
Gilberto Augusto Félix, o Montanha, ganhou notoriedade em pegadinhas como essa no SBT.
“Ele era só tamanho”, conta a amiga Luana. “Parecia uma criança, chorava fácil.” Além de sensível, Montanha era bem humorado, estava sempre sorrindo.
Distante da imagem que construiu nas telas, recebia bem qualquer um que o abordasse. Adorava ser reconhecido na rua. Viveu os últimos 15 anos em Itanhaém, no litoral sul de São Paulo, onde cumprimentava a todos.
Sempre disposto a ajudar, levou amigos para as pegadinhas e, já afastado da TV — situação que o entristecia—, vivia envolvendo os mais próximos em seus negócios.
Comilão, convivia com diabetes. Em decorrência dela, teve que amputar parte da perna esquerda em 2005.
Em 13 de janeiro, celebrou em uma rede social: “Obrigado amore mio por aceitar meu pedido e me tornar o cara mais feliz, feliz por ter uma mulher tão especial ao meu lado”, escreveu, com duas fotos abraçado a Silvia Cristiane, a companheira dos últimos três anos. Os dois se casaram no dia 20.
No dia seguinte, foi internado por complicações de diabetes. Mesmo o imenso coração de Montanha não aguentou tanto amor. Morreu no último dia 5, aos 52. Deixa a mulher, os filhos Mariana, Victor e a enteada Carolina, além da mãe, Maria de Lourdes. coluna.obituario@grupofolha.com.br
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