Previdência vai a plenário na 3ª, diz governo
semana passada, caso o governo não obtenha os votos necessários para aprovar a reforma em fevereiro, Maia quer tirar o assunto da pauta da Câmara e transferir o ônus da derrota para o Planalto.
O discurso de Maia deve ser o de que o texto ficará como “legado” para ser votado em 2019 pelo novo presidente da República, eleito neste ano.
O governo admite que não tem “coelho na cartola” para a reta final de articulação da reforma e diz que vai ouvir os líderes dos partidos da base para medir o apoio ao texto. Uma reunião com Temer está prevista para domingo (18). Na segunda (19), Maia deve receber os líderes para desenhar o mapa de votação.
Auxiliares do presidente reconhecem que o retorno do empresariado e entidades patronais —que se comprometeram a pressionar os parlamentares a votar pela reforma— foi menor do que o esperado e, agora, às vésperas das eleições, deputados estão cada vez mais arredios.
As principais concessões negociadas nos últimos dias para convencer deputados a votar pela reforma —regra de transição para servidores públicos que ingressaram no sistema antes de 2003 e elevação do teto para o acúmulo de pensão e aposentadoria— podem ser apresentadas como emendas em plenário.
O Planalto, porém, não acredita que essas flexibilizações serão suficientes para chegar aos 308 votos.
Caso a reforma seja engavetada, o governo deve apostar em medidas de segurança pública, simplificação tributária e normas sobre agências reguladoras e fundos de pensão. A regularização fundiária, além de propostas ligadas à microeconomia, também deve servir de gatilho para Temer tentar passar a imagem de que continua trabalhando.