Folha de S.Paulo

Dos Santos, 48, atingido por uma árvore em Realengo, também na zona oeste, foi a quarta vítima morta.

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Um temporal recorde no Rio, acompanhad­o de fortes ventos, deixou pelo menos quatro mortos e estragos espalhados pela cidade entre a noite de quarta (14) e a madrugada desta quinta (15).

Além de ruas alagadas, árvores caídas, problemas no transporte e regiões sem luz, uma obra simbólica erguida para ser legado da Olimpíada de 2016 desabou pela segunda vez em dois anos.

Após um deslizamen­to de terra, parte da ciclovia Tim Maia, na zona sul, caiu.

Embora não tenha deixado feridos, a queda voltou a colocar em xeque a segurança da pista —derrubada pelas fortes ondas em 2016, quando houve dois mortos.

Para agravar a desconfian­ça, a prefeitura demorou cerca de duas horas para interditá-la por completo, enquanto usuários se arriscavam.

O temporal ocorreu num momento em que Marcelo Crivella (PRB), prefeito do Rio, está em viagem à Europa. Ele disse em rede social estar “acompanhan­do a situação”.

Outra autoridade importante em momento de crise, Guilherme Sangineto, chefe executivo do Centro de Operações Rio, também estava com Crivella na viagem iniciada no domingo (11) para “identifica­r novas tecnologia­s no setor de segurança”, segundo sua assessoria.

O prefeito embarcaria de volta ao Rio nesta quinta. MORTES Um menino, que não teve seu nome nem idade divulgados, morreu em Cascadura, zona norte, após sua casa desabar parcialmen­te. A vítima já chegou morta ao hospital.

Um homem e uma mulher também morreram soterrados por volta das 2h40. Marcos Garcia, 59, e Judina Magalhães, 62, não resistiram aos ferimentos causados por um deslizamen­to de terra no bairro de Quintino, na zona norte da capital fluminense.

No local, Alamir Cesar, 90, também chegou a ter parte do corpo soterrado, mas foi resgatado pelos bombeiros e levado para um hospital.

O policial militar Nilcimar HISTÓRICO Segundo a Secretaria de Assistênci­a Social, 350 famílias estão desalojada­s, num total de 2.000 pessoas.

Das 22h de quarta (14) às 16h50 de quinta, a Defesa Civil recebeu 631 chamados para vistorias em edificaçõe­s.

No fim da tarde de quinta, 182 ocorrência­s emergencia­is haviam sido atendidas.

Técnicos interditar­am 51 imóveis, sendo 41 no Complexo do Alemão, conjunto de favelas na zona norte, e 10 em Cascadura. As zonas norte e oeste foram as mais afetadas pelo temporal.

O Alerta Rio, da prefeitura, diz que em uma hora foram registrado­s 123,6 mm de chuva na estação Barra/Riocentro —maior volume de chuva registrado, no período de uma hora, na série histórica.

O órgão armazena os dados de chuva do município desde PAMPLONA, MARTHA ALVES, LUCAS VETTORAZZO E LUIZA FRANCO)

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Antonio Scorza/Agência O Globo Moradores limpam rua depois de inundação em área de favela em Rio das Pedras, no Rio

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