Cerca de R$ 11,2 bilhões a cada ano, já vem dos túneis e pontes da cidade.
ÚLTIMAS SAÍDAS O prefeito, Bill de Blasio, está do lado dos que se queixam e já disse ser contra a medida. Mas ativistas e especialistas dizem que ele vai acabar tendo de mudar de ideia.
“Não há uma bala de prata para resolver o trânsito na cidade”, diz Jaqi Cohen, da Straphangers Campaign, ONG que defende os interesses de passageiros do metrô. “Mas a situação agora é crítica e o pedágio urbano é a única solução que pode pagar os reparos urgentes nos trilhos.”
Outro ponto é que as ruas estão cada vez mais abarrotadas de carros de aplicativos —ao contrário dos táxis, não há limite para eles— e caminhões de entrega, que vêm entupindo os bairros com a escalada das vendas on-line.
“O volume de ocupação das vias chegou ao limite”, diz David King, especialista em mobilidade da Universidade do Estado do Arizona. “Londres, que é uma cidade tão densa quanto Nova York, deveria servir de alerta para os nova-iorquinos. Não faz sentido não tentar liberar esses espaços já bem escassos.”
Mitchell Moss, um urbanista da Universidade de Nova York, também acredita que o pedágio urbano agora pode sair do papel porque outras alternativas serão ainda mais difíceis de aprovar, entre elas a imposição de um teto ao número de carros de aplicativos.
Outros especialistas ainda defendem cobrar uma taxa sobre cada encomenda entregue na cidade, o que pode pôr a metrópole em pé de guerra com gigantes como a Amazon e serviços como FedEx e UPS.
Uma terceira saída, no entanto, vem ganhando respaldo de políticos mais progressistas. Eles calculam que a legalização da maconha para usos recreativos em Nova York pode resolver todos os problemas do metrô, rendendo cerca de R$ 16 bilhões em cobrança de impostos ao ano, além de poder relaxar novaiorquinos mais nervosinhos.