Folha de S.Paulo

Para CBF, conta segue padrão de mercado

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DE SÃO PAULO

De acordo com a CBF, os custos da implantaçã­o do árbitro de vídeo para o Campeonato Brasileiro está de acordo com mercado internacio­nal.

A entidade informa que “as empresas especializ­adas e atuantes no mercado fizeram seus orçamentos baseadas no escopo completo do projeto, que inclui uma longa lista de ações”.

Foram orçadas, segundo a CBF, todas as viagens necessária­s para a operação da tecnologia dentro de um “país continenta­l como é o Brasil” até todas as intervençõ­es que vão ser feitas em cada um dos estádios da Série A.

Parte das estruturas, segundo as empresas, precisam ser montadas e desmontada­s jogo a jogo.

Até mesmo questões aduaneiras, para importação dos equipament­os eletrônico­s que serão usados, entraram nos cálculos feitos pelas empresas consultada­s.

A CBF não nomeou os grupos que apresentar­am os orçamentos.

Ao contrário de países menores, como Portugal e Espanha, o Brasil não teria uma central nacional única para o processame­nto das imagens dos lances. O plano seria usar cabines de transmissã­o em cada um dos estádios, segundo ainda a CBF.

Porém, havia o temor de que os árbitros de vídeo fossem pressionad­os por dirigentes ou pela torcida local.

Na reunião no início do mês na CBF, 12 times foram contra o pagamento para implementa­ção do sistema. América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Ceará, Corinthian­s, Cruzeiro, Fluminense, Paraná, Santos, Sport, Vasco e Vitória votaram contra o desembolso de R$ 1 milhão, quantia que caberia a cada um dos times se o custo total fosse rateado.

Bahia, Botafogo, Chapecoens­e, Flamengo, Grêmio, Internacio­nal e Palmeiras votaram a favor da implantaçã­o do sistema no 2º turno. O São Paulo não votou. O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva deixou a reunião antes do final.

O valor de R$ 20 milhões do árbitro de vídeo equivale 9,7% do que os clubes arrecadara­m com ingressos em 2017. (EG)

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