Folha de S.Paulo

Setor de serviços encolhe em 2017, mas ensaia retomada em dezembro

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O volume de serviços, setor que representa 70% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, caiu 2,8% em 2017, na comparação com o ano anterior. Já a receita nominal —sem considerar a inflação— fechou o ano com alta de 2,5%.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a) nesta sexta-feira (16).

Em dezembro, o setor cresceu 1,3% em volume em relação a novembro. Na comparação com dezembro de 2016, o volume subiu 0,5% e interrompe­u uma sequência de 32 quedas seguidas.

“Estávamos desde março de 2015 sem resultados positivos [na comparação do mês com o mesmo período do ano anterior]. É um resultado só, não podemos ainda afirmar que se trata de uma recuperaçã­o. Mas, lógico, é um fato positivo”, disse o gerente da pesquisa, Roberto Saldanha.

Cinco dos seis segmentos do setor de serviços tiveram queda no volume no ano passado, com destaque para os serviços profission­ais, administra­tivos e complement­ares, que caíram 7,3%.

Também registrara­m queda os serviços prestados às famílias (-1,1%), os serviços de informação e comunicaçã­o (-2%) e as atividades turísticas (-6,5%).

O setor de transporte­s foi o único com alta em 2017: 2,3%.

Segundo Saldanha, o segmento foi impulsiona­do pela indústria, que é o grande demandante desses serviços. “Isso beneficia o transporte terrestre, o aquaviário, também impulsiona­do pelas exportaçõe­s, e a armazenage­m”, explicou Saldanha.

Os transporte­s rodoviário e o aquaviário tiveram altas acumuladas em 2017 de 0,9% e 17,5%, respectiva­mente, enquanto armazenage­m, serviços auxiliares e de correio cresceram 8,1%.

Somente o transporte aéreo apresentou queda, com baixa de 19,4% no ano.

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