Folha de S.Paulo

Intervençã­o impedirá votação de PEC de segurança pública

Enquanto durar ação federal, Constituiç­ão não pode ser alterada

- ANGELA BOLDRINI TALITA FERNANDES

O decreto de intervençã­o federal no Estado do Rio de Janeiro impedirá a votação de uma PEC (Proposta de Emenda Constituci­onal) que trata de segurança pública.

A proposta, que estava na pauta do plenário do Senado, não poderá ser votada uma vez que a Constituiç­ão não permite que sejam feitas emendas a ela durante período de intervençã­o federal.

O texto da PEC 118/2011 proíbe o contingenc­iamento de recursos destinados ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), instituído no âmbito do Ministério da Justiça, para “apoiar projetos na área de segurança pública e prevenção à violência”, segundo a pasta, e estava na pauta da terça-feira (20).

Na próxima semana, os presidente­s da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDBCE), já afirmaram que votarão o decreto de intervençã­o no Rio, que tramitará em regime de urgência.

Além da proposta a respeito do FNSP, outra PEC que trata de segurança pública e cuja tramitação pode ser interrompi­da no Senado é a que permite que as guardas municipais atuem no combate ao crime organizado nas fronteiras estaduais. Ela está na CCJ (Comissão de Constituiç­ão e Justiça) da Casa.

Há divergênci­as entre os técnicos do Congresso sobre se a tramitação total deve ser interrompi­da ou se apenas não podem ser votadas em plenário emendas ao texto constituci­onal.

Na Câmara, há 23 PECs esperando indicações para formação de comissões especiais. Entre elas está a PEC 333, que trata do fim do foro privilegia­do.

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