O varejo vive uma revolução digital. Se antes a venda era definida no balcão das lojas, hoje é preciso estar e atender bem em todos os canais para não perder os clientes
REYNALDO SAAD
sócio da Deloitte no Brasil
Como no Magazine, boa parte dos consumidores que compram no comércio eletrônico da Via Varejo (Ponto Frio e Casas Bahia) vai buscar os produtos nas lojas físicas, para evitar pagar frete e ter a entrega mais rápida. A fatia dos que optam por isso passou de 8% para 25% na rede do grupo Pão de Açúcar, que integrou as duas modalidades de compras há um ano e meio.
Isso também permitiu que a empresa analisasse os hábitos dos clientes e checasse quais produtos são mais comprados por eles e em quais endereços as retiradas são feitas. Como resultado, a Via Varejo readequou seus estoques de acordo com a preferência dos consumidores de cada região e reduziu para menos de um décimo o custo da entrega ORIGEM DOS DADOS Demandas como essas vindas de varejistas viraram tão frequentes na operação do Google no Brasil que a companhia decidiu abrir há um ano uma área específica para atender as empresas do setor, assim como já faz nos Estados Unidos desde 2013.
O papel da empresa dentro das estratégias das varejistas é importante. Na prática, é como se o caderno de anotações sobre os clientes, feito pelos comerciantes de antigamente, fosse hoje abastecido diariamente com milhares de dados vindos das buscas feitas por eles na internet.