Folha de S.Paulo

Temos de ser realistas. Claro, no futebol você nunca sabe... Tudo é possível. Mas temos de partir do princípio que o Brasil está acima dos demais. Pelo menos no início do torneio, nosso nível de competição está com Suíça e Costa Rica. Não é nenhuma vergon

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MLADEN KRSTAJIC

Técnico da seleção da Sérvia por causa dos jogadores de qualidade. Em 1990, foi à disputa de pênaltis contra a Argentina e quase se classifico­u à semifinal. Podemos ver a sua equipe em 2018 dessa mesma forma, como candidata à zebra?

Mladen Krstajic - Quando você fala sobre a Sérvia, tem de ser honesto. Não nos classifica­mos para a Copa de 2014 no Brasil e não estamos na primeira linha dos favoritos. Quem for enumerar os favoritos para o próximo Mundial, não vai mencionar a Sérvia. Nem mesmo como surpresa?

Queremos ser a surpresa do torneio, claro. Temos de criar um bom clima no elenco. Não vamos falar de expectativ­a. Creio que jogamos melhor quando as pessoas não falam muito sobre nós. mudanças até a estreia na Copa [em 17 de junho, contra a Costa Rica]. Já temos um elenco quase formado. Pode haver alguma novidade, mas nada significat­ivo. Você fala em boa atmosfera no grupo por causa dos problemas no passado entre sérvios, croatas e bósnios?

É uma situação delicada e que ultrapassa o limite do futebol. Possivelme­nte atrapalhou a seleção no passado, mas agora cabe apenas a nós criar um clima para que a campanha seja boa. Não digo apenas por essa questão [política], mas você precisa ter harmonia no grupo em um torneio curto como a Copa do Mundo. Não há time dividido que consiga fazer uma campanha convincent­e. O técnico da seleção brasileira, Tite, não gosta de ser apontado com tamanho favoritism­o...

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