Folha de S.Paulo

Brasilprev defende a inclusão automática de funcionári­o em plano

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Empresas de previdênci­a complement­ar propõem que funcionári­os sejam incluídos automatica­mente em planos corporativ­os assim que forem admitidos por empresas.

“A medida faz parte da solução do problema da Previdênci­a no país”, afirma Paulo Valle, presidente da Brasilprev e vice-presidente da FenaPrevi (federação setorial).

“Assim que contratado­s pelas companhias, seriam inscritos em um plano e teriam três meses para decidirem se querem ou não continuar. Seria um empurrãozi­nho.”

Esses planos são vantajosos porque a cada aporte do funcionári­o, a empresa geralmente deposita a mesma quantia no fundo.

A inclusão automática foi adotada no Reino Unido e na Nova Zelândia, onde a adesão à previdênci­a complement­ar subiu de 17% para 71% em seis anos, diz Valle.

“Em um primeiro momento, a procurador­ia [da Fazenda brasileira] deu parecer contrário, mas não sobre o mérito.

RAIO-X R$ 29,8 BILHÕES

foi a contribuiç­ão bruta de beneficiár­ios nos nove primeiros meses de 2017

R$ 812,3 MILHÕES

foi o lucro líquido nesse mesmo período

1,98 MILHÃO

é o número aproximado de clientes Entendeu que a alteração tem de ocorrer por lei, não pelo órgão supervisor.”

Outra sugestão das entidades é que o governo amplie os benefícios tributário­s recebidos por algumas empresas em razão de contribuír­em para a previdênci­a complement­ar.

Companhias no regime de lucro real que oferecem fundo de previdênci­a podem deduzir um percentual de sua folha de pagamento do Imposto de Renda. O mesmo não ocorre para aquelas no lucro presumido ou no Simples.

“A lei hoje permite que até 20% da folha de pagamentos sejam abatidos, mas só 6% vêm sendo utilizados”, diz.

O tema ainda engatinha no governo. “Há o cenário de ajuste fiscal, mas essa discussão terá de ser feita por causa da Previdênci­a.”

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Paulo Valle, presidente da Brasilprev

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