Folha de S.Paulo

A Polícia e o Ministério Público trabalham com a hipótese de que eles possam ser ví-

- LUÍS ADORNO DO UOL TALITA FERNANDES

DE BRASÍLIA

Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, foragidos da Justiça de São Paulo e até então considerad­os vozes importante­s da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) foram mortos a tiros em uma suposta emboscada numa região indígena no Ceará, na quinta-feira (15).

Segundo o Ministério Público, Gegê do Mangue era uma das principais lideranças do PCC, ao lado de Marco Willians Camacho, o Marcola, preso em Presidente Prudente (SP), e Abel Pacheco, o Vida Loka, detido no presídio federal de Mossoró (RN).

Uma das suspeitas do Ministério Público e da cúpula do governo paulista é de que a morte tenha sido encomendad­a pelo próprio Marcola. Após as mortes, o governo federal disse que enviaria reforços ao Estado.

Um promotor que não quis se identifica­r afirmou que os dois homens foram mortos em uma área de reserva indígena em Aquiraz (CE) e que moradores relataram que uma aeronave foi usada na ação criminosa.

Um helicópter­o teria feito voos em baixa altitude e os seus ocupantes, efetuado disparos contra os dois. Os corpos foram encontrado­s de sexta-feira (16) para sábado (17) perto de uma lagoa na região de Canindé.

O local é de mata fechada, sem acesso por estradas. Próximo aos corpos, havia várias cápsulas de pistolas 9 mm.

Segundo o advogado dos dois criminosos, que pediu para não ser identifica­do, pelas imagens que chegaram aos familiares, são eles os mortos. As mulheres deles seguem para o Ceará para reconhecer os corpos. ACERTO DE CONTAS timas de uma emboscada feita por alguma facção rival.

Mas outra hipótese levantada pelas autoridade­s paulistas é de que os dois teriam participaç­ão da morte do ex-integrante da cúpula do PCC Edilson Borges Nogueira, o Birosca, que era aliado de Marcola.

A morte de Nogueira foi decidida pela facção sem a participaç­ão de Marcola. Por isso, a chefia da segurança pública paulista já tinha a expectativ­a em saber qual seria a posição tomada por Marcola, após a morte de Nogueira.

A participaç­ão de um integrante da chefia do PCC no crime desta sexta explicaria como Gegê e Paca foram localizado­s, já que eram fugitivos —a polícia acreditava que ambos estavam no Paraguai ou na Bolívia. Atese também explicaria o grande custo empregado para matar os dois. PORTA DA FRENTE

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SAP/DIVULGAÇÃO Retrato de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue

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