Folha de S.Paulo

Gabriel volta a determinar vitória santista em clássico

Atacante fez o único gol do triunfo do Santos sobre o São Paulo, no Morumbi

- ALBERTO NOGUEIRA ESTADUAL DO RIO

Artilheiro foi às redes pela terceira vez em três jogos desde o seu retorno ao Brasil, após frustração na Europa

A estrela de Gabriel brilhou neste domingo (18), no Morumbi, na vitória do Santos sobre o São Paulo por 1 a 0, pela oitava rodada do Campeonato Paulista.

Depois de 17 meses na Europa e só dois gols marcados, o atacante foi às redes pela terceira vez em três jogos desde o seu retorno ao Brasil.

Apagado em sua passagem pela Inter de Milão, da Itália, e pelo Benfica, de Portugal, Gabriel tem histórico de bom desempenho em clássicos. Com a camisa do Santos, o atacante marcou 60 gols, 12 contra os rivais da capital.

Isolado e com poucas chances na primeira etapa, o camisa dez foi o responsáve­l por vazar a defesa são-paulina, que havia iniciado a rodada com apenas quatro gols sofridos, a melhor do Paulista.

Com a vitória, o Santos chegou a 14 pontos, na liderança do Grupo D. O São Paulo, que vinha de quatro vitórias consecutiv­as —duas pela Copa do Brasil—, permanece com 10 pontos e ainda na ponta do Grupo B. DUELO DE ESTILOS O Santos, recuado, assistiu ao adversário jogar em boa parte da primeira etapa.

Lembrou em alguns momentos o Botafogo de 2017, que foi comandado pelo próprio Jair Ventura, esperando por uma bola para vencer.

Os principais nomes do ataque, Eduardo Sasha, Copete e Gabriel, estiveram muito longe uns dos outros nos primeiros 45 minutos.

O próprio Gabriel falou sobre isso ao sair para o intervalo. “A bola chega em profundida­de para mim, mas estou sozinho, sempre com três, quatro. Precisamos encostar mais”, afirmou.

O pedido do atacante foi atendido na volta para o segundo tempo. Em jogada na linha de fundo, Sasha teve calma, levantou a cabeça e rolou para o camisa dez santista, que da entrada da área bateu rasteiro no canto do goleiro Sidão, aos oito minutos. VAIAS O São Paulo, que estava melhor até esse momento, se perdeu com o gol sofrido.

Gritos de “burro” direcionad­os ao técnico Dorival Júnior podiam ser ouvidos nas arquibanca­das, que tinham 36.118 pagantes.

Dorival tentou dar um novo ânimo à equipe com a entrada de Valdivia no lugar de Marcos Guilherme, mas o Santos se fechou mais ainda e passou a explorar os contra-ataques. Nada disso provocou mudança no placar.

“O treinador não faz gols. Ele tem obrigação de tentar levar a equipe até a intermediá­ria adversária e fazer um sistema defensivo que lhe dê tranquilid­ade, é nisso que trabalhamo­s”, afirmou o técnico do São Paulo.

Jair Ventura, por sua vez, disse que ainda é muito cedo para seu time ter uma “cara”, mas está contente com o desempenho mesmo sem conseguir repetir a formação titular como gostaria.

O clube tricolor agora volta a jogar na quarta-feira (21), às 21h45, contra o Ituano, em Itu, em partida atrasada da sétima rodada do Paulista. Depois, enfrenta a Ferroviári­a no domingo (25), às 17h.

O Santos volta a campo no próximo domingo, na Vila Belmiro, contra o Santo André, às 19h30.

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Mauro Horita/Folhapress O atacante Gabriel comemora o gol marcado no Morumbi

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