Politicamente correto, ‘fake news’ e Justiça dominam os debates
Em debate que encerrou o primeiro dia do 2º Encontro de Jornalismo, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, defendeu que os jornalistas que fazem a cobertura do Judiciário se preparem melhor.
“Leiam antes, se informem antes, peguem os documentos. É preciso ter jornalista alfabetizado”, afirmou o ministro, ao comentar a divulgação pelo juiz Sergio Moro, em 2016, de conversa entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.
Com mediação de Maria Cristina Frias, colunista da a mesa contou também com as participações do diretor de Redação da revista “Veja”, André Petry, e o advogado e também colunista do jornal Luís Francisco Carvalho Filho.
O primeiro dia do encontro debateu o combate às “fake news”, os limites do politicamente correto e os direitos e deveres nas relações entre fontes e jornalistas. Na abertura, o editor-executivo da
Sérgio Dávila, afirmou que as redes sociais devem ser cobertas com o mesmo rigor aplicado a governos e grupos com poder e influência na sociedade.
Citando o diretor de Redação do jornal, Otavio Frias Filho, Dávila afirmou que a decisão da de deixar de publicar seu conteúdo no Facebook colocou o jornal mais uma vez em posição equivalente à da aldeia do Asterix dos quadrinhos, um foco de “resistência” e “vigilância crítica” aos poderes constituídos. “As redes sociais são o novo poder constituído e como tal devem ser cobertas”, afirmou.
O evento recebeu ainda Meredith Talusan, editora transexual da publicação americana Them, voltada ao universo LGBTQ.