Mercosul tem de funcionar para economias menores
CANDIDATO DE OPOSIÇÃO À PRESIDÊNCIA DO PARAGUAI QUER USAR ENERGIA PARA MELHORAR INSERÇÃO NO MERCADO GLOBAL
mais progressista, Santiago Peña. Foi uma vitória do setor mais conservador colorado? A quem Abdo representará?
Abdo é a volta do partido Colorado mais autoritário. Representa o setor mais conservador, sectário, monocromático e autoritário da nossa sociedade. Nossa aliança quer atrair todas as forças democráticas da oposição e representa a independência dos poderes e a diversidade. Qual a opinião do sr. sobre bandeiras como aborto e a regulamentação da produção e do consumo de drogas?
Somos contra o aborto. Com relação às drogas, não vejo problemas em debater o uso medicinal da maconha. Mas em relação a tudo o que esteja vinculado ao crime organizado, estamos preocupados.
Combateremos o narcotráfico e a produção de drogas localmente, como a maconha, traficada por facções criminosas para o Brasil, a Argentina e outros países. Uma de minhas propostas é reforçar o controle da fronteira, onde o crime organizado opera livremente. Precisamos erradicar a cultura do contrabando, que vai do cigarro às drogas. Como o sr. vê o Mercosul?
É um fórum necessário, e o Paraguai continuará sendo parte dele, tentando colaborar para fortalecê-lo. Porém, Paraguai e Uruguai são tratados de forma desigual num bloco dominado por economias maiores —Brasil e Argentina.
Além disso, ainda há barreiras protecionistas. Precisamos fazer com que o Mercosul funcione melhor para nós, que seja mais eficaz para a comercialização dos nossos produtos. E seria importante que o bloco fosse mais flexível com a possibilidade de os membros fazerem tratados de livre comércio individualmente com outros países.