Folha de S.Paulo

Aliado de Netanyahu é preso em ação anticorrup­ção

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Ex-porta-voz é acusado de tráfico de influência

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um aliado do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, foi preso sob a acusação de tráfico de influência por oferecer o cargo de procurador­a-geral a uma juíza para que ela interrompe­sse uma investigaç­ão contra a mulher do premiê.

Nir Hefetz, ex-porta-voz pessoal de Netanyahu, foi detido no domingo (18) em uma operação anticorrup­ção que mirou ainda um um empresário próximo ao premiê —também colocado em prisão domiciliar.

Os nomes dos envolvidos e as acusações só foram divulgados nesta terça (20).

As novas denúncias complicam a vida do premiê, que enfrenta ele mesmo acusações de corrupção. Na semana passada, a polícia recomendou que Netanyahu fosse indiciado por dois casos, um no qual teria recebido presentes de um bilionário e outro em que teria interferid­o em um jornal local em troca de apoio.

Em 2015, Sara Netanyahu estava sendo investigad­a por ter gasto o equivalent­e a R$ 330 mil em um bufê na residência oficial.

Hefetz teria oferecido então à juíza Hila Gerstel o cargo de procurador­a-geral, desde que aceitasse interrompe­r a apuração.

O cargo acabou indo para Avichai Mendelblit, que, em setembro de 2017, indiciou Sara Netanyahu pelo caso —ela é acusada de fraude e de quebra de confiança por excesso de gastos do dinheiro público.

Mendelblit disse nesta terça que, durante o processo de seleção, não recebeu nenhuma proposta semelhante à feita para Gerstel.

Netanyahu, que já disse ser alvo de uma “caça às bruxas”, defendeu o aliado e qualificou a acusação de “alucinatór­ia”. BENEFÍCIOS

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