Não há mais tempo para aprovar plano B, dizem economistas
Faltam menos de cinco meses para os parlamentares entrarem em recesso, e eleição será prioridade na volta
Analistas consideram viáveis medidas mais simples, como a do cadastro positivo, que já passou no Senado
pelo Congresso. A privatização da Eletrobras é uma delas, por ser tema delicado que exige intensa negociação, diz Vilela, do Credit Suisse.
“Tenderia a levar mais tempo do que a janela de três ou quatro meses que o governo teria para aprovar a medida.”
Por exigirem discussões, a reforma do PIS/Cofins e a proposta de autonomia do Banco Central também são vistas com descrença.
São consideradas viáveis medidas regulatórias mais simples, como o cadastro positivo, o banco de dados com histórico de pagamento dos consumidores. O texto já foi aprovado no Senado e deve passar pela Câmara nas próximas semanas.
Mesmo se fossem aprovadas, as medidas teriam impacto fiscal bem inferior ao estimado com a aprovação da reforma, diz Vilela. “Algumas têm impacto pequeno em termos fiscais. São reformas pontuais, que atacam pontos específicos e que não resolvem o deficit da Previdência do país, que tem proporções muito grandes”, diz Vilela.
Para outra fonte, a percepção geral é que não deve ocorrer mais grande coisa na agenda doméstica e quem dita as regras no mercado neste momento é o exterior.