Mercado imobiliário de SP avança quase 50% em 2017
O ministro do Mdic (Indústria, Comércio Exterior e Serviços), Marcos Jorge de Lima, afirmou nesta terça-feira (20) que o texto do novo regime automotivo, o Rota 2030, está em fase de final de elaboração. Segundo ele, será anunciado pelo governo Michel Temer ainda neste mês.
O principal entrave para a conclusão do texto têm sido as divergências em torno do valor da renúncia fiscal. A expectativa é de que o Ministério da Fazenda finalmente aprove o valor de R$ 1,5 bilhão, defendido pelo Mdic.
O debate se arrasta há nove meses, mas Lima diz acreditar que o valor deverá ser finalmente aprovado pela equipe econômica.
O anúncio foi feito durante a apresentação das obras de expansão da fábrica da General Motors, em São Caetano do Sul, no ABC paulista.
O Rota 2030 é aguardado pela indústria automotiva em substituição ao Inovar-Auto, que vigorou até o dia 31 de dezembro de 2017 e estabelecia incentivos e deduções fiscais para fabricantes à medida que investissem em inovação e tecnologia.
Agora, o novo programa também deverá impor metas energéticas e de segurança veicular.
Antes do anúncio e ao lado do ministro, o presidente da GM para o Mercosul, Carlos Zalenga, mostrou descontentamento com a lentidão do governo em estruturar o Rota 2030. “É fundamental que tenhamos fundamentos para continuar a crescer e a investir”, disse o executivo.
Zalenga afirmou que, para a montadora continuar investindo, precisa ter condição de saber como será o futuro. “Contamos que isso [o anúncio do Rota 2030] se resolva rapidamente”, afirmou.
A demora para o início do plano tem provocado reclamações constantes das montadoras, pois elas consideram que o atraso pode atrapalhar os investimentos previstos até 2022. Somados, os aportes chegam a R$ 16,7 bilhões. ‘VERDES’ Outra medida do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços que ainda aguarda uma definição legal do governo Temer é a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos híbridos e elétricos.
A proposta, segundo o ministro, foi entregue à Casa Civil e está sob análise da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Presidência da República. “Eles estão acertando o texto e alterando para a forma de decreto”, afirmou Lima.
A redução será de 25% para 7%, que é a mesma alíquota aplicada para carros com motor 1.0. No virada do ano, o ministro disse que a redução seria anunciada até o início de fevereiro. Lançamentos e vendas na cidade sobem após 3 anos, com impulso de unidades econômicas
Após três anos em queda, o mercado de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo reagiu e cresceu em 2017, impulsionado pelo segmento econômico.
Foram 28,7 mil unidades lançadas, alta de 48% em relação a 2016, informou nesta terça (20) o Secovi-SP (sindicado da habitação). As vendas subiram 46%, com 23,6 mil apartamentos comercializados.
Oferta e demanda se concentraram em unidades de dois quartos, menos de 45 metros quadrados e de até R$ 240 mil. Além disso, a participação do MCMV (Minha Casa Minha Vida) nos lançamentos passou de 23% em 2016 para 36% em 2017.
Neste ano, porém, o Secovi estima que o número de unidades lançadas ficará estável. “Não sabemos se conseguiremos aprovar tantos projetos do MCMV”, disse Celso Petrucci, economistachefe do sindicato. A expectativa é de que as vendas cresçam de 5% a 10%.
O Ministério das Cidades anunciou uma meta de contratação de 650 mil unidades no MCMV para 2018, mas disse que ainda não é possível determinar a segmentação por Estado.
O balanço do Secovi mostrou ainda estabilidade do valor médio do metro quadrado lançado na comparação anual, avaliado em R$ 8.700. A queda do preço real (corrigido pelo INCC), no entanto, desacelerou, recuando 4,4% em 2017, ante queda anterior de 7,3%.
Segundo Petrucci, a curva pode se reverter até o terceiro trimestre de 2018. “Aí poderemos ter a volta do aumento real do preço”, disse.