Acusado de doping, medalhista russo do curling alega inocência
Caso pode minar esforço da Rússia para limpar imagem internacional
DA REUTERS
O medalhista olímpico russo Alexander Krushelnitski negou ter usado uma substância proibida em um caso de suspeita de doping que abalou a Olimpíada de Inverno de PyeongChang.
O episódio, se confirmado, poderá minar os esforços da Rússia para recuperar sua reputação olímpica.
Krushelnitski, que conquistou o bronze com sua esposa, Anastasia Brizgalova, nas duplas mistas de curling, terá que comparecer a uma audiência da CAS (Corte Arbitral do Esporte) após ter sido flagrado em um exame pelo uso de meldonium, um medicamento que pode melhorar a capacidade física.
Após as suspeitas terem sido reveladas, Krushelnitski afirmou não ter tomado nenhuma substância proibida. Ele diz, de forma enfática, ser totalmente contra o doping.
“Só uma pessoa privada de bom senso pode usar qualquer tipo de doping, e especialmente [por meio de medicamentos como] o meldonium, antes da Olimpíada, na qual os exames estão em seu nível mais alto”, disse ele em um comunicado publicado nesta terça-feira (20) pela federação russa de curling.
O caso gerou espanto nos atletas do esporte, uma espécie de xadrez no gelo, que exige mãos firmes e concentração, e não boa forma física.
O ministro dos Esportes da Rússia, Pavel Kolobkov, saiu em defesa de Krushelnitski, dizendo que o atleta não usou medicamentos proibidos.
“Não faz sentido. O atleta não poderia ter usado uma substância proibida de forma intencional. O curling, em tese, não é um esporte onde os desonestos se dopam”, disse.