Folha de S.Paulo

PONTE DA AMIZADE

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Ciro Gomes (PDT-CE) e Fernando Haddad (PT-SP) tinham um jantar marcado para a noite desta terça (20) em São Paulo. É a primeira conversa pessoal entre eles desde a condenação de Lula.

Ciro, que com a possível saída de Lula do páreo eleitoral tenta se firmar como opção à esquerda, repete onde vai que a chapa ideal para a Presidênci­a da República, sem Lula no páreo, seria a que tivesse ele na cabeça e Haddad como vice.

Apesar do diálogo, a costura em torno desta hipótese é complexa. Petistas como Haddad seguem afirmando que o ex-presidente será o candidato do partido e que não existe plano B. Além disso, Ciro tem feito críticas a Lula que o PT não engole.

O vice-governador Márcio França (PSB-SP) está testando o nome do vereador Mario Covas Neto (PSDB-SP) como vice de sua chapa ao governo de SP.

Covas Neto anunciou que deixará o PSDB. Ele foi um dos primeiros a se manifestar contra a candidatur­a de João Doria ao governo, defendendo o nome de França.

Marcelo Odebrecht foi orientado por sua defesa a não incluir amigos de fora do círculo profission­al entre as pessoas que poderiam visitá-lo em prisão domiciliar. A intenção foi evitar expor pessoas que não têm ligação com a Operação Lava Jato. Na lista que ele enviou à Justiça, estão apenas oito delatores da empreiteir­a que leva o nome de sua família.

Marcelo diz também que havia incluído os nomes do atual presidente do grupo, Luciano Nitrini Guidolin, e da chefe do departamen­to de conformida­de, Olga de Mello Pontes, porque poderia colaborar com o acordo de leniência da empresa. O Ministério Público Federal foi contra a inclusão dos executivos.

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