Folha de S.Paulo

Manual da Redação serve de instrument­o para leitor conhecer a Folha e cobrar mais qualidade jornalísti­ca

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escolhido para apresentar ao (DEM) como eventuais candidatos leitor o primeiro “Manual Geral da de centro. “Não lhe parece uma simplifica­ção Redação” da Folha em 29 de setembro excessiva ou mesmo uma de 1984. O país caminhava para imprecisão? É até possível argumentar a redemocrat­ização, sob crise econômica que os candidatos de ‘centro-direita’ sufocante. Tecnologia­s hoje Manuais de Redação estão presentes fazem parte do conjunto mais dominantes eram restritas a laboratóri­os em grande parte das publicaçõe­s amplo de candidatos de ‘centro’, o e grupos de pesquisa. Estava jornalísti­cas em todo o mundo. que justificar­ia tratá-los dessa forma. em seus primórdios a rede mundial Com objetivos específico­s variados Entretanto, para seguir a mesma de computador­es que viria a ser e concepções diferentes, servem lógica, o jornal também deveria conhecida como internet. tanto para aqueles que praticam tratar os candidatos de ‘centro-esquerda’

Não se questionav­a a sobrevivên­cia o jornalismo como para leitores como ‘centro’, mas isso não dos jornais nem se imaginava que se interessam por notícias. ocorre”, reclamou. que tivessem o digital como futuro. A quinta edição do “Manual da No capítulo dedicado à prática

Criticado já na sua apresentaç­ão Redação” da Folha codifica boas jornalísti­ca, o longo verbete “qualificaç­ão em textos publicados no próprio jornal, práticas jornalísti­cas e fornece ao ideológica (págs. 114/115)” o “Manual” de 1984 tinha o objetivo leitor a base para entenderem seu joga luz na questão, ao mesmo tempo de “traduzir, em normas empíricas projeto e suas opções editoriais. que mostra quão complexo pode e simples”, a concepção de Encarado na Redação como espécie ser o ato de a redigir um texto. Em jornal que se procurava praticar na de Constituiç­ão interna a ser resumo, define que a variação política Folha. O diretor de Redação, Otavio conhecida e seguida, é instrument­o à esquerda “preconiza ativismo Frias Filho, na apresentaç­ão, valioso para o leitor cobrar coerência do Estado a título de reduzir a desigualda­de afirmava que o “Manual”, “mesmo e equilíbrio, conhecer a lógica social”. À direita, estão com lacunas e imperfeiçõ­es técnicas”, que leva o jornal a publicar (ou deixar aqueles que “valorizam a atuação o expediu entende a execução das serviria de instrument­o para de publicar) determinad­a informa, estatal com o propósito de proteger ações por ela regulament­adas”. “uma atitude mais profission­al” e entender o motivo da adoção valores nacionais e familiares”. A Ao lado de duas ex-ombudsmans, “em benefício de um produto mais de determinad­as nomenclatu­ras vertente de centro “aglutina matrizes Suzana Singer e Vera Guimarães, fiz técnico, homogêneo e estável”. (por exemplo, quem é tratado como do liberalism­o econômico, que parte da comissão responsáve­l pela

Em debate na última quarta (21), ditador e por quê _questionam­ento prescreve limitada atuação estatal”. elaboração da nova versão do no lançamento da quinta versão do frequente de leitores), saber como Recomenda que a qualificaç­ão “Manual”, coordenada por Uirá Machado, “Manual da Redação” a conclusão o jornalista deve se comportar e que ideológica deve ser “tão precisa editor do caderno “Ilustríssi­ma”. foi inequívoca: não se faz bom jornalismo relações pode ter com uma fonte. quanto possível”. O exemplo acima Sinto-me assim impedida de sem métodos claros. Mensagem do leitor Paulo Marinho mostra que há sempre um grau de analisar criticamen­te seu conteúdo.

A semelhança de pontos de vista, é exemplo do desafio deste ano subjetivid­ade na aplicação prática Fico à vontade para recomendar passados mais de 30 anos, não é um de 2018 e de como o “Manual” pode dos verbetes do “Manual”. um capítulo: “Errei, mas quem não acaso. Mesmo com todas as transforma­ções auxiliar na confecção do jornal. O leitor Paulo Marcos Gomes Lustoza Erramos”, pequena coletânea de ocorridas na forma de Marinho questionou: “Por que a lembrou que manuais dão orientaçõe­s correções curiosas, embaraçosa­s e produzir, circular e consumir notícia, Folha trata candidatur­as que são e diretrizes para determinad­a inacreditá­veis, que resulta em peça a qualidade da informação ainda nitidament­e de ‘centro-direita’ como atividade-fim. “Não resolve cômica e ao mesmo tempo, escancara é, e sempre será, o principal objetivo ‘centro’? Referiu-se a trecho de burrices, mas incentiva a correção o que pressa, desconheci­mento e o grande desafio. reportagem que definia Geraldo e demonstra como a instituiçã­o que e má apuração podem produzir. Ombudsman tem mandato de 1 ano, renovável por mais 3, para criticar o jornal, ouvir os leitores e comentar, aos domingos, o noticiário da mídia. Fale com a Ombudsman: ombudsman@grupofolha.com.br / tel.: 0800 015 9000 (2ª f a 6ª f, das 14h às 18h) / Fax: (11) 3224-3895 SOBRE A RELAÇÃO COM O LEITOR

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