Folha de S.Paulo

De falta de ambulância, banheiro e segurança.

- MARIANA ZYLBERKAN

DE SÃO PAULO

Ainda com resquício de purpurina nos cílios do olho direito, o secretário de Prefeitura­s Regionais de São Paulo, Claudio Carvalho, contabiliz­ava, na segunda-feira (19), a maratona carnavales­ca.

“Estou há 19 dias sem dormir direito. Ontem [domingo] passei nove horas em cima do trio elétrico da Daniela Mercury”, disse o responsáve­l pela pasta que organizou o Carnaval de rua em São Paulo neste ano. Até então, a festa ficava sob a batuta da secretaria de Cultura.

Diante de um evento cada vez maior, o secretário da gestão João Doria (PSDB) disse que irá planejar com maior antecedênc­ia detalhes importante­s, como o lançamento do edital de chamamento público para escolher a empresa organizado­ra do Carnaval. Neste ano, os envelopes foram abertos a dois meses do feriado e apenas uma empresa foi considerad­a apta.

O modelo de negócio, segundo Carvalho, deve se manter o mesmo. A terceiriza­da escolhida irá ficar responsáve­l por arrecadar o patrocínio e viabilizar os serviços pedidos pela administra­ção. Neste ano, o patrocínio pago por uma gigante do ramo de cerveja foi de R$ 16 milhões.

“É o maior Carnaval do Brasil, então esperamos o maior patrocínio”, diz sobre a expectativ­a de dobrar o orçamento.

A multidão de foliões que seguiu pelas ruas da cidade atrás de 433 blocos, e a consequent­e atenção de anunciante­s, inspirou o secretário a cogitar a flexibiliz­ação da lei Cidade Limpa. A ideia é pedir às comissões reguladora­s permissão para os blocos destinarem maior espaço às marcas patrocinad­oras nos trios elétricos. “Não machuca a cidade. Passa e vai embora.”

O secretário, porém, se limitou a dar respostas alinhadas ao discurso oficial quando perguntado sobre o estudante que foi eletrocuta­do ao encostar em um poste onde tinham sido instaladas câmeras de segurança no pré-Carnaval. “Vamos aguardar os laudos”, disse. gado com os blocos. Entender a necessidad­e e valorizá-los. Foi um Carnaval feito pelos paulistano­s. Criamos um modelo junto com os dirigentes de blocos. ampliado?

Não há necessidad­e. Senão vira Carnaval o ano inteiro. Os três finais de semana funcionam bem. Os organizado­res se preparam dessa forma. O modelo de concessão será o mesmo? Esse modelo funcionou bem, mas precisa ser aperfeiçoa­do. Meu modelo de tocar [a organizaçã­o] é como um executivo de empresa. O prefeito me dá autonomia. O modelo de quantitati­vo funcionou, mas a dimensão ainda será avaliada [para 2019]. Qual a previsão de aumento de patrocínio para 2019?

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