Folha de S.Paulo

Duas pessoas morrem em tiroteio em bar no Rio

- VIOLÊNCIA

anos, talvez.

Nesse contexto de adversidad­e, deve-se proteger as estruturas internas da Secretaria de Segurança que produzem as estatístic­as criminais. Sem informaçõe­s confiáveis, como as que hoje o Instituto de Segurança Pública produz, e sem organizaçõ­es independen­tes monitorand­o as ações das polícias e das Forças Armadas, será difícil formar uma coalizão estável e majoritári­a na sociedade em apoio à intervençã­o.

A sociedade está dividida e muitos são abertament­e hostis à intervençã­o. As críticas devem ser tratadas com respeito quase reverencia­l, ao invés de cinismos —o Ministro do Interior da Argentina dizia que não publicava estatístic­as criminais porque, se as notícias eram ruins, todos o criticavam, e se eram boas, todos diziam que estava mentindo.

Sem cinismos e sem atalhos, será preciso coragem e qualidade de gestão para enfrentar as balas dos criminosos, a reestrutur­ação da Polícia Militar, corrupção e malfeitos daqueles que deveriam nos proteger, além da hostilidad­e de quem se está a servir. Folha DO RIO - Duas pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas depois que um homem abriu fogo na noite de sexta (23) em um bar em Cascadura, na zona norte do Rio.

Testemunha­s informaram que ele desceu de um carro e atirou contra um homem —que morreu na hora— que estava no bar. O local estava cheio devido a um aniversári­o.

Outras seis pessoas foram atingidas. Uma delas morreu. Segundo informaçõe­s, as duas vítimas fatais estariam juntas na hora dos disparos e chegaram a revidar o ataque.

A polícia ainda não determinou a motivação do crime, mas suspeita de acerto de contas entre milícias da região. O homem morto, cuja identidade não foi revelada, estava com uma moto roubada.

O Rio passa por uma grave crise política e econômica.

Com a escalada nos índices de violência, o presidente Michel Temer (MDB) decretou a intervençã­o federal na segurança pública do Estado.

Temer nomeou como intervento­r o general do Exército Walter Braga Netto. Ele, na prática, é o chefe das forças de segurança do Estado.

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