Folha de S.Paulo

Cidade das pessoas de fazerem isso, né?”.

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“É gozado essa coisa do patrocínio”, diz. “As pessoas [do cenário artístico] não perceberam, é uma pena. Venho falando isso há muito tempo, mas eles não perceberam que estão morrendo. O teatro está morrendo.” “tem pelo menos um ano até parar de lotar”, estima Fagundes. A temporada atual vai até 19 de abril, e a companhia tem a intenção de viajar por “pelo menos 15 ou 20 cidades” do Brasil, antes de ir ao exterior —Portugal e Estados Unidos estão no radar. Depois, ainda pode voltar a São Paulo.

Ao fim do espetáculo, Fagundes anuncia que a peça “não tem parceria de ninguém, nem do Estado, nem de empresa”. O público aplaude com entusiasmo. Quando você ouve falar em milhões que são empregados para fazer uma peça, acha que o cara tá roubando aquele dinheiro, e não é verdade.” não estou tirando dinheiro de ninguém, tirando espaço de ninguém, não tô provocando ninguém. Não sou contra nenhum tipo de teatro.”

Ele já apoiou o PT, mas afirma agora que não vota mais no partido. E diz que se viu “órfão” com a condenação do ex-presidente Lula. “Somos todos órfãos de um ideal, uma ética, um programa cheio de honestidad­e, de um país que caminhasse rumo à educação. Órfãos de liberdade de imprensa. De tudo aquilo que a gente percebeu que foi prometido e foi literalmen­te roubado”, afirma.

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