Corte freia apelo de Trump sobre migrantes
Supremo manda decisão sobre proteger estrangeiros vindos na infância a instância inferior; benefício segue válido
Governo diz que medida de Barack Obama não é constitucional e havia dado até dia 5 para mudar lei ou deportar
A Suprema Corte americana, órgão máximo do Judiciário nos Estados Unidos, negou nesta segunda-feira (26) um pedido do governo de Donald Trump para avaliar o fim do programa que protege jovens imigrantes que chegaram ainda crianças ao país, conhecidos como “dreamers” (sonhadores, em inglês).
A decisão, na prática, garante uma sobrevida a esses jovens, que estavam sob ameaça de deportação desde que Trump anunciou o fim de sua licença de permanência legal no país, concedida pelo antecessor, Barack Obama.
A partir da semana de 5 de março, as licenças passariam a perder a validade e eles poderiam começar a ser deportados dos EUA. Cerca de 800 mil pessoas seriam afetadas.
Em janeiro, porém, um juiz federal da Califórnia determinou a manutenção do programa. A decisão foi seguida por um juiz de Nova York, há duas semanas.
O governo Trump recorreu, e pediu que a Suprema Corte decidisse sobre o caso antes dos tribunais de apelação.
A ordem desta segunda (26), porém, que delega o julgamento aos tribunais de segunda instância, mantém válidas as determinações dos juízes federais de dar continuidade ao programa —o que prorroga a permanência dos imigrantes no país.
O presidente, que fez da redução do número de imigrantes no país bandeira de campanha, tem travado uma queda de braço sobre imigração com a Justiça e o Congresso.
Trump argumenta que imigrantes irregulares tiram empregos dos americanos e contribuem para a violência, cometendo crimes. Seu governo aumentou em 40% as prisões de estrangeiros sem documentação, reduziu o número de refugiados recebidos pelo país e tem defendido políticas mais severas contra imigração nos EUA.
Ao revogar o programa que dava permanência aos “dreamers”, em setembro do ano passado, Trump argumentou