Órgãos, em especial royalties de petróleo, que representam menos de 5% do total, subiram mais de 35%.
DE BRASÍLIA
A arrecadação federal de janeiro foi a melhor para o mês desde 2014. O resultado foi puxado pela recuperação da economia, pelo Refis (programa de refinanciamento de dívidas tributárias) e pela alta da alíquota do PIS/Cofins de combustíveis.
Dados divulgados nesta segunda-feira (26) pela Receita Federal mostram que a arrecadação totalizou R$ 155,6 bilhões, aumento de mais de 10% em relação ao primeiro mês de 2017, já descontada a inflação do período.
Foi o terceiro crescimento consecutivo das receitas.
Mesmo se os dados não levarem em conta o programa de parcelamento e o impacto da alta do PIS/Cofins dos combustíveis, o crescimento é de 2,36%, o que sinaliza que a atividade econômica está crescendo.
Essa retomada, observou o órgão, pode ser constatada em dados macroeconômicos divulgados recentemente.
Em janeiro, a produção industrial cresceu 4,3%, a venda de bens subiu 6,3%, a massa salarial teve aumento de 5,73% e o valor em dólar das importações aumentou 19,71% em relação ao primeiro mês do ano passado.
Claudemir Malaquias, chefe de Estudos Tributários e Aduaneiros do órgão, destaca que o impacto desse movimento pode ser visto principalmente na arrecadação de setores como comércio atacadista (+21,9%), fabricação de veículos (+23%) e eletricidade (+16,5%), entre outros.
“A tendência é que as receitas já estejam crescendo um pouco acima do PIB [Produto Interno Bruto]”, disse.
Apesar disso, ele ponderou que ainda não é possível fazer estimativas para o comportamento da arrecadação para o ano de 2018, já que os parâmetros para a economia só serão atualizados a partir de março.
O representante da Receita frisou que, no acumulado em 12 meses, as receitas já apresentam uma alta maior que 1,5% e que a tendência é de crescimento.
Enquanto a arrecadação administrada pela Receita subiu 9% em janeiro, as receitas administradas por outros CONSUMO Entre os tributos, o maior crescimento em valores absolutos foi o do PIS/Cofins, que é ligado ao comportamento do consumo: nesse caso, as receitas foram R$ 3,2 bilhões maiores do que em janeiro de 2017, ou alta de 12,7%.
Os dados também apontam